quarta-feira, 22 de junho de 2011

Guaratinguetá tem um novo JK!


Senti-me agora pouco o próprio Daniel na cova dos leões, em outras palavras ao vir do meu serviço hoje, soube que o Administrador Público estaria reunido no antigo Cinema do Pedregulho.
Entrei e tive o prazer de ser um ouvinte do maravilhoso discurso retórico do senhor Administrado, ao qual elogiei pela sua retórica.
Depois de muito ouvir, me foi dado o direito de indagar algumas de suas colocações, tais como ele quer o melhor para cidade e que existe diferença entre privatização e concessão, já que a moda é concessão.
Todo seu discurso para população presente era que existe oposição partidária, como disse pessoalmente a ele nem toda população está nessa “oposição partidária”.
Antes de minha pergunta eu fiz a seguinte colocação: quando você coloca um candidato na Administração Pública se espera que ele busque cumprir suas promessas eleitorais e não barganhar com o que o município tem.
Citei que a Rodoviária de Guaratinguetá é uma concessão vergonhosa. Ele disse que a Cotema teve seu contrato refeito e que está cumprindo suas determinações contratuais, mas que para melhora muito e em pequeno espaço de tempo, seria preciso que as tarifas fossem mais caras, ou seja, por um longo tempo essa mesma população que hoje ele defende que não tem asfalto vai dividir espaço com ratos e baratas.
Mas o que mais me ofendeu não foi nem o discurso retórico do prefeito, foi um certo Leão que ele carrega a tiracolo, instigar as pessoas presentes que eu moro no pedregulho e não preciso de asfalto.
Ridículo o papel desta pessoa, pois independente de eu morar na Rocinha ou na Vila Paraíba, sou munícipe e pior sempre lutei e lutarei pela minha Classe “Pobre”, me orgulho em ser, levo KARL MARX, muito a sério e não me vendoo ou engano os meus por valores, TIA LEOA.
Meu único e maior receio neste momento é que ele esta usando a população carente, ou seja, seu eu moro em bairro que não tem asfalto logicamente que irei pensar apenas em mim. Lembro que quando ele deixou de fazer o carnaval para ajudar as vitimas das enchentes, eu disse na comunidade do Orkut, que é difícil agradar gregos e troianos, mas que achava “digno” sua atitude, e que a população tinha que ver o melhor mesmo que esse melhor não fosse me agradar como folião.
Neste momento não devemos olhar apenas para nosso umbigo, como fez uma moradora que exaltava o Prefeito e disse que toma a mesma água que o povo da Vila Paraíba toma, legal minha senhora, mas se isso fosse verdade, as pessoas não juntavam garrafas de água barrenta para levar para as rádios para reclamar.
Se o governo desse mais que ilusão para a população, desse formação cívica e moral, talvez estas pessoas não se iludam ou tentem iludir as demais pessoas carentes com mentiras.
É seu prefeito o auditório estava cheio, mas de pessoas persuadidas a fazer o que seu governo deseja e não o que é melhor para cidade.
Juscelino prometeu revolucionar o país e fazer em cinco anos o que levaria 50, o senhor disse que para asfaltar todos esses bairros levaria talvez 20 anos, e pelos seus cálculos se for aprovado essa Concessão, em menos de dois anos você fará o que levaria 20 anos, tá eo que vai restar para os filhos, neto, bisnetos destas pessoas que daqui a 20 anos ainda estarão residindo em Guaratinguetá.
Pergunto porquê em oito anos, sua administração não teve o mesmo sonho?

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Antônio de Pádua: uma vocação esquecida devido à superstição.


É costume, principalmente pelos fiéis brasileiros e portugueses, comemorar no mês de junho o dia de Santo Antônio, nascido em Lisboa, no dia 15 de agosto de 1191 (1195), um dos santos mais admirados e conhecidos por esses dois povos.

Fernando de Bulhões ou simplesmente Antônio de Lisboa / Antônio de Pádua ingressou na ordem religiosa fundada por São Francisco de Assis no verão de 1220, querendo imitar a vida dos grandes mártires da Igreja. Depois de entrar nessa ordem, Antônio ficou muito doente e teve que ser enviado novamente a Portugal. No caminho de volta à terra natal, ventos muito fortes levaram seu navio até a região da Sicília (Itália), onde na ocasião conheceu o fundador da ordem da qual ele fazia parte, Francisco de Assis, e foi convidado para pregar no Capítulo Geral da Ordem, que começou a 20 de maio de 1221, em Assis.

Antônio, mesmo com a saúde fragilizada, combateu os hereges em várias cidades europeias, tais como: Montpellier, Toulouse, Lê Puy, Bourges, Arles e Limoges (cidades localizadas ao sul da França). Entre os vários milagres realizados por ele e episódios importantes de sua vida, por uma lenda que comenta que o Santo ajudava as donzelas pobres a conseguirem casamento. Por essa razão, no mês de junho, muitas mulheres solteiras, e também muitos rapazes, costumam fazer “simpatias” envolvendo o nome deste grande santo para "conseguirem" um relacionamento. Entre elas as mais tradicionais são tirar o Menino Jesus dos braços desse santo e escondê-lo ou colocar sua imagem de cabeça para baixo.

Na verdade, Santo Antônio é um dos maiores oradores da nossa Igreja, obtendo o título de Doutor Evangélico devido à grande eloquência, sabedoria e profundo conhecimento da Palavra de Deus. Entretanto, acabou tendo sua vocação original renegada, reduzida ou, simplesmente, esquecida em função da superstição popular. Assim o homem que em vida lutou para evangelizar como poucos, hoje é simplesmente lembrado como o “santo casamenteiro”.

Vale lembrar que entre os milagres realizados pelo santo franciscano está o milagre de falar com os peixes, quando a população lhe deu as costas diante da sua pregação da Palavra de Deus. Antônio é também lembrado por muitos fiéis por suas pregações dominicais, nas quais nunca teve medo de falar e exortar em nome de Cristo. 

Será que hoje entendemos o real significado da Missa dominical e das que são celebradas todos os dias da semana em nossas comunidades? Será que simplesmente ir à Santa Missa e participar da liturgia da palavra e do banquete da vida, através da Eucaristia, já é o suficiente para vivermos realmente como bons cristãos? O grande sacrifício Eucarístico, vivido e celebrado em nossas comunidades, deve ser o início e o fim de uma vocação a qual todos são chamados: levar o Evangelho a todos os lugares do mundo (cf. Mc 16,15). Portanto, quando saímos da Missa ou da Celebração da Palavra, temos o dever de ser missionários do Evangelho, levando a Boa Nova do Senhor para todas as gentes, que nos foi anunciada e independe de qualquer conflito ou circunstância, vivendo plenamente a nossa condição de batizados.

Antônio pregava em um tempo em que os hereges eram bem mais violentos e numerosos que os da atualidade, mas nunca desistiu de evangelizar e, devido a essa sua postura, foi muitas vezes colocado à prova. E você? Será que também está sendo colocado à prova neste momento? Jesus fala aos discípulos: “Avança para águas mais profundas, e lança as vossas redes para a pesca” (Lc 5,4) e eles pescam uma grande quantidade de peixes. Precisamos, sim, jogar nossas redes para mares mais profundos, lembrando também o milagre de Santo Antônio, quando os peixes vão à margem “ouvi-lo” pregar a Palavra de Deus. Concluímos assim, com ambos os milagres, que o que deve mover a nossa evangelização é o próprio Cristo, a Palavra de Deus Encarnada no nosso meio (cf. Jo 1,14), independente das circunstâncias serem favoráveis ou não.    
      
Cristo e Santo Antônio ensinam-nos que devemos amar os nossos irmãos que estão ao nosso lado, mesmo que estes não nos amem, conquistando assim o seu respeito, a sua atenção e, consequentemente, o seu amor. E a melhor forma de conquistar esse amor é sabendo dialogar com eles, levando o Evangelho de uma forma amiga e não impositiva ou ofensiva, pois, como nos ensina a Igreja, o próprio Deus fala a nós como amigos (Dei Verbum, 2).

Vivamos como Antônio e não nos esqueçamos de que ele intercede a Deus pelas nossas súplicas e pedidos; no entanto, lendas e superstições não eram, não são e nunca serão práticas cristãs autênticas ou maduras, pois a verdadeira prática cristã é a oração e a confiança no Senhor (cf. Jo 16,24).          
 
E toda a oração deve levar-nos a uma ação concreta, a exemplo de Fernando de Bulhões, que deixou tudo para imitar a vida dos mártires, em nome de um sonho: o de levar o EVANGELHO DO MESTRE aos corações duros e infiéis.

Que possamos colocar em prática uma das frases de Antônio de Pádua: "Ó meu Senhor Jesus, eu estou pronto a seguir-te mesmo no cárcere, mesmo até a morte, a imolar a minha vida por teu amor, porque sacrificaste a tua vida por nós".

  

Texto de : Kleber Cardozo – Produtor da TVCN
                Marcos José Correia – Seminarista da Diocese de Guarulhos