quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Diário de um bêbado ferrado: O dia que quase virei a CONCHITA.


Como prometi, se eu sobrevivesse virgem naquela cela eu daria continuidade a meu diário de sobrevivência. Você deve estar se perguntando como um cara só de cueca sai ileso de uma cela de cadeia?
Bem no momento do desespero a gente pensa em cada coisa estranha meu. Quando um negão de quase dois metros veio para o meu lado eu pensei, será que se eu usar o truque que aquela gordinha usou no filme “O diário de Bridget Jones” cantando Madonna eu consigo enrolar ele até meu veio chegar?
Veja só o desespero de um marmanjo, quase perdendo a honra. Fui lembrar até deste filminho bobo que a agente assiste para agradar as minas que são meio lesadas, opa digo apaixonada. Eu pensei aqui neste caso nem se eu cantar “Telma eu não sou gay” eu escapo.
Foi então que o negão se aproximou de mim, e eu pensei vou virar a Conchita – você lembra a boneca inflável do Ribamar. 
Imagina se existisse campeonato de fedo de sovaco o cara ganhava, acho que ele criava ratos mortos debaixo dos braços ou então aquilo seria tranças rastafári no sovaco dele.
Esqueci até que estava meio chapado quando aquele ser me encostou na parede e me disse: A mocinha tem nome ou é o que eu quiser dar para ela?
Eu tremia tanto que não estava mais com a cueca borrada eu queria era minha mãe para trocar minha fralda, mas como bom macho que sou respondi: Porra meu, você vem sempre aqui, ou esta apenas fazendo visita? Tipo assim meu, o cara ficou raivoso com minha masculinidade, socou a parede e disse: A donzela curte brincar é? Se aquele soco fosse minha cara eu ja estava no chão.
Ah dai eu relaxei e disse legal e do que vamos brincar para passar o tempo? Porque eu fui fazer isso o cara juntou no meu pescoço me jogou na parede e disse: - Agora você me chama de lagartixa. Não né mano agora vou é te mostra como um médico aplica uma injeção.
Foi ai que eu rezei novamente para São Jorge implorando, o Amigão me tira dessa vai sou seu amigo olha bem o tamanho deste negão tenha dó de mim né. Entretanto o negão passou os braços no meu pescoço e disse: - É hoje! E eu pensei tomara que não montem fila depois dele. Já imaginou se o resto dos caras também assistiram o filme da gordinha e cantam para mim: Doeu Doeu agora não dói não dói.
E sabe o que aconteceu? Nada, graças a São Jorge meu coroa chegou com a advogada na hora e agora estou aqui narrando essa minha tragédia grega, antes de sair para comemorar minha VIRGINDADE, pois nasci de novo e preciso mamar, ou melhor, chapar, pois posso perder tudo menos minha virgindade e minha fama de Bêbado Ferrado.


Próximo episódio: Diário de um bêbado ferrado: Chapado no pagode.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Diário de um bêbado ferrado


Tipo assim! Opa tipo assim é linguagem informal e estou escrevendo e isso é linguagem formal. Acho que ainda estou chapado – literalmente embriagado, com alto teor de álcool no sangue - isso é se eu ainda tiver sangue, pois creio que sofri uma transfusão de sangue onde colocaram etanol, agora meu sangue é AA (alcoólico assumido).
Meu tipo assim, hoje não me lembro de nada que eu fiz sóbrio na noite passada, apenas lembro-me do que eu fiz quando o álcool guiava minha mente. Pirei o cabeção é isso ai literalmente nos dois sentidos, ou seja, no sentido mais pervertido que você tenta imaginar.
Estava eu parado em um bar paquerando uma branquinha quando passou uma loirinha que me disse: Você me quer e eu te quero, então passa ali e deixa uns trocados e vem me pegar. Não resisti meti a mão no bolso e pensei vale a pena gastar dinheiro com essa devassa!
Que merda meu encher a cara de devassa mexe com o intelecto que eu nem tenho. Pirei onde se viu paquera a merda de uma cerveja, porque foram misturar cerveja com a revista Playboy agora quando vejo a cerveja tenho a mesma excitação de quando comprava a tiazinha na banca.
A noite apenas estava começando e eu já tinha mandado muita devassa pra dentro e uma boa quantidade para fora, mas guardei um pouquinho na cueca, para as santas.
Em uma dessas minhas visitas ao oratório, digo mictório eu trombei uma mina que tipo, tirava o fôlego de qualquer cara, a minha era muito feia, mataria qualquer cara de falta de ar. Um cara sóbrio na frente dela ia pensar que era própria morte e ia ajoelhar e implorar pela vida. Porém eu estava mais louco que o Batman então olhei para o dragão e disse: - E ai mina deixa eu visitar sua batcaverna? Cara a minha era mais devassa que a cerva que playboy faz divulgação, ela disse só se o Batman ai tiver no cinto de utilidades algemas e uma camisinha de força.
Daí eu olhei para o céu e disse: - São Jorge me empresta o cavalo que eu achei o dragão. Ouvi ele respondendo minhas orações: - Meu filho esta na chuva é pra se molhar.
Sai dali direto para um motelzinho 5 estrelas no teto furado, quatro ratos e mil baratas, era o máximo que poderia pagar e a mina nem valia tudo isso. Pensei melhor nem tomar banho se não me transformava em sóbrio e a mina vira pokemom e evoli para um dragão de duas cabeças.
Foi muita loucura, me perdi naquilo tudo e agora estou aqui, sozinho. A mina era mais bandida que devassa, a desgraçada esperou eu cair chapado na cama e foi embora com minha carteira e meus documentos e se eu achava que aquele motelzinho era ruim essa cela que estou é ainda pior.
Então se eu sobreviver virgem aqui só com essa cueca branca que já esta borrada de marrom eu prometo que dou continuidade a esse diário que escrevo no papel higiênico que só não usei para me limpar pois quem sabe assim os caras com nojo da minha cueca freiada.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Carnaval de Guaratinguetá: uma tradição em decadência.




Este carnaval fiquei me perguntando onde foi parar toda a tradição e glamour da maior festa popular da minha cidade? Será que as tradições de minha cidade estão acabando? Será talvez por falta de criatividade e investimento?
Ainda me lembro quando Guará dava varias opções de escolhas para os foliões. Tínhamos um carnaval iniciado na sexta-feira, seguido da tão famosa Banda Mole que arrastava multidões no sábado e os desfiles transmitidos pela televisão na terça-feira, e quando falo em televisão falo canal de verdade e não em Metropolitana. Os foliões mesmo depois de passar parte das noites na Avenida ainda iam para os bailes de carnaval no Itaguará e Literário e de lá saiam 9h da manhã.
Hoje o que se vê é uma cidade abandonada freqüentada pelos poucos que ainda não tem poder aquisitivo para buscar diversão em outras cidades vizinhas ou até mesmo cidades mais distante como as de Minas Gerais. Um retrato em preto e branco de como a cidade ainda é financeiramente pobre.
Se antes você era carregado pela multidão ao tentar caminhar na Avenida do Carnaval, atualmente você caminha como se fizesse uma caminhada saudável de final de tarde. A grande diferença é que você encontra com alguns amigos ou conhecidos.
Alias, diga-se de passagem, que o CARNAVAL DE GUARATINGUETÀ, virou um evento de reencontros. Isso mesmo uma oportunidade dada pela administração pública para você rever amigos que há tempos não se vê.
Comentei com uma amiga que esse reencontro serve para você ver o quanto o tempo foi ingrato com uns, como foi saudável para outros e como é cruel com todos. Na maioria das vezes que parei para conversar com alguém escutei a mesma coisa : - “O carnaval de Guará já era”.
Fato! Sinto saudades de quando, a passarela do samba recebia ornamentação e não apenas uma tinta branca no chão, saudades de ver o povo se aglomerando nos antigos alambrados, passando a noite guardando lugar para curtir um carnaval em família, saudades da Banda Mole que lotava as arquibancadas e a passarela mesmo com chuva.
Gostaria de ser um cidadão Guaratinguetaense que se orgulha da atualidade, e não um que precisar fazer comparações de um passado Glorioso com um presente Insignificante.
Guaratinguetá está virando um vilarejo novamente, mesmo depois de ter conquistado tanto espaço nacional com a eleição de Presidente, a canonização do único Santo Brasileiro e arisco mais, ninguém nem lembra mais que a PADROEIRA NACIONAL – NOSSA SENHORA APARECIDADE foi encontrada em um antigo bairro de Guaratinguetá.
Falta amor pela cidade não só dos governantes, mas principalmente dos filhos Guaratinguetaense. Abandonar a cidade é mesmo que abandonar a própria mãe. Ela sempre vai fazer parte de sua história e da sua educação ética (mesmo quando não existe ética), moral e cívica. Não culpemos os reizinhos que estão no poder e sim lutemos para mudar o atual quadro de descaso que está Guaratinguetá.