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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Amor: a morfina dos tolos viciados



Eis então que no desespero da razão, lá se encontra ele ensangüentado, em meio à dores terríveis com o coração dilacerado implorando para haver luz no fim daquela  mina de carvão na qual teria abandonado muito mais que a esperança, perdera seu diamante bruto. Quando, então, surge um grande clarão que corta o céu anunciando que seu pedido havia tornado real. Mas o que era abstrato e, ao mesmo tempo, tinha forma de dor gritava em sua alma que foi abandonada feito uma insígnia adquirida e agora nãio tinha importância alguma.
Não quero me comparar com nenhum grande filosofo, entretanto muitos deles usavam desta mesma retórica para expressar suas frustrações amorosas. Aprendi esses dias com o livro “Os Grandes Filósofos que Fracassaram no Amor", de autoria de  Andrew Shaffer, que grandes nomes, ou melhor, “pensadores” eram no mínimo pervertidos e no máximo grande eremitas no campo do coração.
Alguns mesmo participando de uma relação estável (também conhecida como casamento) mantinham certo desprezo pela vida conjugal, dando preferência para a vida extraconjugal.
No entanto o foco deste texto é demonstrar que mesmo os que odiavam amar, seja por desprezo, falta de caráter ou até mesmo por opção, sofreram por amor e tiveram vidas marcadas pela dor de permanecer no vazio.
      Platão um dos grandes filósofos chega a afirmar que “o amor é uma doença mental, séria”. Ele não mentiu. Muitos enamorados deixam de se amar em nome de ilusões devastadoras, se alimentando de sentimentos mesquinhos como a irá e o ciúme. Existe coisa pior que sentir ciúmes de algo que não te pertence? E viva o amor platônico, pois que o real muitas vezes é mais falso que os grandes oásis.
Talvez olhando por está vertente Aristóteles tenha expressado que: “o amor demonstra sua grande força, fazendo com que o tolo se torne sábio e o sábio se torne um tolo”. Você já parou para pensar como agem os grandes enamorados? Muitas vezes deixam de lado a razão, agindo como loucos sem refletir nas conseqüências de seus atos e castram a liberdade de quem dizem amar.
Muitas vezes criamos grandes barreiras entre o que podemos e o que não devemos viver e o amor é trancafiado em uma “caixa chamada liberdade”. Somos livres para tentar, entretanto como diria o grande poeta Renato Russo “A paixão já passou em minha vida. Foi até bom, mas ao final deu tudo errado e agora carrego em mim uma dor triste, um coração cicatrizado. E olha que tentei o meu caminho, as tudo agora é coisa do passado”. O sofrimento cria barreiras intransponíveis pela coragem e “tentar” novamente é um risco que não se pensa em correr.
René Descartes comprova isso ao afirmar que “é fácil odiar o difícil é amar”. Sim, o ódio faz o sangue ferver, obriga você a acalmá-lo com vinganças minuciosamente calculadas te dando ar de satisfação, enquanto o amor cobra de você mais do que muitas vezes está preparado para dar e, inclusive depois de te sugar o último suspiro, ainda vai te mostra que o prazer estava apenas no ato de conquistar. E mesmo depois de encontrar o desespero você ainda será violado com a doce ilusão das palavras carregadas de retórica e de veneno. Pensando nisso John Locke afirma: “diga a um homem apaixonado que ele está sendo enganado: traga um grupo de testemunhas que contem sobre as falsidades de sua amante: aposto dez a um que três palavras doces dela invalida todos os testemunhos”.
O amor é um alimento invisível que, para alguns constrói pontes para o paraíso e, para outros, é como um entorpecente que consome a alma e faz entrar em decomposição o corpo perfeito, venerado e procurado pelos grandes predadores também conhecidos por conquistadores. Como diria Jean Jacques Rousseau: “o que é o amor verdadeiro sem si, a não ser uma ilusão? Se víssemos quem amamos exatamente como é, não haveria mais amor na Terra”.
E viva o ouro dos tolos, o alimentos dos fortes, pois a mim só cabe buscar o conhecimento, uma vez que a razão não se embriaga no deserto árido que clama por atenção. Deserto este também conhecido pela ciência como coração.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Eu, as quatro paredes e você do lado de fora


Diz um velho ditado que: se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé. Às vezes é melhor ficar parado como uma pilastra, e manter o controle.
Daí as pessoas falam: Quem não sofre, não ama! O amor fortalece! E patati, patata, mas será mesmo que para ser feliz é preciso sempre descuidar da defesa, abrir as portas e esperar que algo bom entre.
Complicado, se fala que para ser feliz é preciso arriscar, entretanto o homem, muitas vezes carente se consola com meia dúzia de palavras bonitinhas, isto que antes era apenas um dom masculino, já é usado como uma artimanha de sedução feminina. Mudou-se de caça para caçador.
A solidão é meu as passatempo, passa fome, passa raiva, passa ciúmes, passa tudo, porém com ela se tem certezas e não dúvidas, se conhece o território, é um campo minado rastreado e minuciosamente decorado, ela não te abandona, não te dar as costa e muito menos acha que você está fazendo drama.
São mais de trinta anos de experiências, natais solitários, anos novos sempre parecidos com os velhos, uma vida de rotina, controlada pela força e determinação em ser apenas feliz.
E essa felicidade onde encontrar, em camas imundas de motéis, em lugares inusitados, que despertam a adrenalina. Sexo por sexo, sexo sem sentimento, troca de energias sem canalização. Como acreditava alguns filósofos a felicidade estar ligada ao ato sexual, e onde entrar o fazer amor.
Amor se faz, ou conquista?
Dúvidas, de uma mente desinteressada, abandonada no limbo dos pensamentos.
E amanhã, quem sabe, um raio cai e ilumine minha mente e afaste de mim o prazer e me traga o amor. Ops nem sei se quero isso não? Deixa acontecer naturalmente, ou quem sabe a solidão ainda seja a melhor solução.
PS: Nem sei, se o que sei, é realmente o que sei, e o que deveria saber!