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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Somos todos eremitas pós-modernos!!


Estive refletindo sobre como na atualidade vivem os eremitas (pessoa que vive longe das cidades para fugir ao trato social. Fonte: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa).
E cheguei a seguinte conclusão, a pós-modernidade nos fez todos eremitas, ou seja, vivemos todos trancados dentro de paredes invisíveis. Somos seres trancafiados em mundos que criamos para sobreviver.
É muito fácil você encontrar pessoas escondidas em seus mundos com fones de ouvidos ignorando toda a realidade ao ser redor (agora mesmo faço isso), pessoas isoladas em cantos, ou caminhando na multidão sem ao mesmo reconhecer as pessoas que transitam ao ser redor, até mesmo em capelas fazendo suas orações pessoais em prol de si.
Estas mesmas pessoas, criam perfis em comunidades virtuais, mas não são capazes de falar o que realmente sente.
Esses eremitas modernos não buscam viver isolados em meio a natureza, contemplando toda a beleza criada pelo grande Mestre, foi-se o tempo em que o eremita ficava sentando na serra contemplando o horizonte. Hoje eles contemplam as paredes inertes, sem horizonte ou perspectivas de seus quartos.
O homem é preso em sua grande fortaleza imaginária, ou em outras palavras em sua própria consciência. Vive amarrado as dores de ser um persona de si mesmo, pois ser o ator principal de sua própria vida requer muita força de vontade e coragem, então é mais prático viver personas. E cada dia em que se abre os olhos para o mundo real, se busca escolher qual o script (argumento ou guião cinematográfico, teatral ou televisivo. Fonte: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa) irá vivenciar.
Estamos fardados a viver em mundos imaginários, até o momento em que encontraremos uma razão para levantar a cabeça e gritar para o mundo realista, autoritarista e moralistas que não importa os julgamentos que façam da minha persona real, o que importa é viver longes destas prisões imaginárias.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Minhas várias personas


Hoje no serviço, tive que fazer um texto onde a seguinte pergunta era o foco: “Eu procuro por mim?”

E parei para pensar, eu faço texto buscando reflexões das pessoas. E eu o que tenho feito da minha vida? Será que tenho agido com coerência? Será que me reconheço?

Lembro que em minha adolescência (há muito tempo) alguém me indicou um livro que falava de uma patologia chamada de “Síndrome de Peter Pan”, e como era mencionado na obra alguém que sofresse aquela mazela não conseguiria ler por completo todo conteúdo. De fato não consegui, mas o estranho é que embora eu tente viver uma persona jovem, carrego em mim sintomas de uma pessoa sistemática, ranzinza e que não combina com essa minha persona.

Se eu me reconheço, bem posso afirmar que não sou tão ingênuo como Narciso que se apaixona por si próprio, mas também não sou tão experto como Athena para ter sabedoria de lidar com as piores das situações.

Recentemente eu vivencio algumas decepções, mas essas só aconteceram porque eu criei outra persona, que busca sempre estar atenta a tudo para não ser considerado o “burro” da vez. No entanto tive que lidar com algumas situações criadas por esse medo de ser julgado, ou seja, atrai pessoas que não davam valor a meus esforços.

A vida é assim, muitas voltas e sempre novas personas, hoje um pierot, amanhã um intelectual, outro dia um alguém sofrido. Essas personas vão surgindo de acordo com as necessidades. Certa vez escutei de uma pessoa que nunca fala coisa com coisa, mas que às vezes solta algo que mexe com o seu eu interior, e em uma dessas ocasiões escutei: “Todos temos duas caras, nunca vamos ser sincero demais, pois a verdade pode doer no outro, mas que em você mesmo”

Se eu me procuro, bem diariamente me esbarro comigo mesmo, seja em situações de ira, de reflexão, de harmonia ou de silêncio. Pois só é possível se encontrar quando essa busca te leva à escuridão da alma e lá sozinho se faz um balanço de consciência.

Qual seria minha vocação hoje, bem não seria Moisés, pois minha coragem anda meio em baixa, não seria Abraão, já que não tenho nenhum cordeiro para ofertar e nem Jeremias, pois não sou um exemplo de orador.

Talvez amanhã eu decida qual vocação a mais correta a seguir, pois hoje meus olhos já estão mais pesados que a minha consciência.