Bêbado não
sente ressaca moral, ele afirma que foi abduzido por um avião ou um canhão não
identificado.
Imagina nem
sei que dia é hoje, mas me recordo que ontem eu quase bati um bolão no pagode.
Sabe como é
né, no pagodão ninguém fica no zero a zero, e para um macho viril como eu então
pagode é melhor que zona, faço a festa e não pago nada, a não ser as cervas
geladinhas, pelo menos deveria ser assim né.
Depois de
quase perder a virgindade decidi que “bebemorar” é melhor que comemorar. Liguei
para um brother meio lesado e fomos para o PAGODÃO DO ROELA, um lugarzinho
baixo nível, mas nem me importo com isso. O que me importa é cerva barata
e mulher fácil.
Logo de
cara na fila do caixa veio uma prima, que olha o Tio Sadan deve ter dado aposentadoria
para ela no Iraque e a mandou para assombrar aqui no Brasil. A mina tinha um
tanque traseiro que olha meu só de olhar pensei: - “Oh meu São Jorge me lembra
de parabenizar quem inventou o saco preto, para cobrir as imperfeições do
rosto”.
Mano tipo
assim a mina estava com uma camisa com os dizeres "Tudo que é bonito a
gente pega pelo braço". Naquele caso só se pegasse ela pelo braço pra jogar
embaixo de um rolo compressor. Para meu, a mina jogou uma nota de R$ 2,00 no
chão e deu aquela empinada para pegar que nem precisei dar um passo pra frente
para realizar o cutuque, ela mesma se jogo pra trás. Pensei comigo essa rabada
foi boa, mas para encarar esse projétil de guerra eu tenho que me armar
primeiro com umas cervas.
Peguei as
minhas fichas caminhei até o balcão só analisando o abate, aquilo parecia mais
um circo dos horrores que um salão de pagode. Foi ai que disse para meu amigo:
- Bebe ai
que isso melhora. Não existe mulher feia, a gente que bebeu pouco. Ele riu e
caminhou na frente.
No meio do salão
tinha uma mina morena super vulgar, com um shortinho que parecia que ia
explodir soltando aquela fartura para fora. Mano que decote era aquele. A mina
estava quase sem nada cobrindo aqueles faróis ligados.
Confesso:
minha mão é boba e lesada, no meio da muvuca, eu perdi o controle e quando vi
minha mão tinha ido de encontro com bunda da mina, e a reação dela foi
espontânea: lascou um tapão na cara do meu brother que caminhava na minha
frente. Dava para ver a marca da mão dela na cara dele. Eu quase morri de rir
dele, mas o cara ficou bravo apanhou da mina sem nem saber o porque.
Com
jeitinho eu cheguei na mina e disse:
- Tipo
assim meu tu tem uma mão pesada, mas tão delicada que seria capaz de usar ela
para acariciar o meu corpo a noite toda! A prima riu e eu aproveitei e partir
para o ataque, ficamos ali no maior papo e mano eu nem precisava conduzir
minhas mãos no corpo dela, a mina era tão devassa que ela mesma fazia isso. Mas
tipo assim meu, eu tinha levado um brother junto, e macho quando sai para caçar
em dupla tem que arruma um abate para o brother também, depois de uns papinhos
no ouvido da piriguete ela concordou em apresentar a coroa que estava com ela
para meu mano.
Meia hora
depois fomos para a casa da mina, no fuscão velho do brother. Meu a gente faz
cada coisa para trocar o óleo, pois a mina ficava assim:
- Benzinho,
mas benzinho, ah meu benzinho... Minha vontade era dizer fica quietinha para eu
tentar suportar você, entretanto ser grosso naquele momento ia estragar nossa
festinha.
Chegando na
casa do dragão, digo da coroa, eu fui para o quarto e meu amigo com a coroa se ajeitaram em um
colchão na cozinha, e isso não era fetiche. A casa da projeto de despacho era
menor que uma caixa de fósforos. Depois que já estava peladão a mina vira e
fala sussurrando no meu ouvido:
- Tem que
pagar antes, pois depois você vai querer sair batido. Neste momento aparece meu
brother na porta sem camisa com a coroa peladona. Meu imagina o capeta,
imaginou! A coroa pelada era pior que ele. O Mano virou e falou:
- Cara
eu vou embora você vai ficar? Pois beijar o capeta é uma coisa agora pagar para o
capeta é sacrilégio de mais né mano.
Foi ai que
a piriguete afirmou: - Ou você paga ou vai ficar na vontade?
Meu neste
momento ela deu uma empinada nos peitões que eu cantei para mim mesmo: Te amo
espanhola, te amo espanhola...
Final da
história meu brother me convenceu a ir embora. E como diria qualquer filósofo
bêbado:
- Mais vale
um canhão na cama com saco preto na cabeça que um avião sem grana para pagar o
embarque.