A vida sempre
foi e será um ato de escolha, até mesmo sua existência partiu de escolhas. Seus
pais poderiam ter optado por usar preservativos, anticoncepcional, tabelinha ou
até mesmo fazer um aborto, o seja você já nasceu de uma escolha e as escolhas vão
te acompanhar pelo resto da vida.
Ao crescer
você vai assimilar os valores da sociedade da qual foi inserido ao nascer,
desta forma vai criando sua própria idiossincrasia, ou seja, vai peneirar os
valores que condizem com a realidade que quer viver, tomando decisões e fazendo
escolhas que vão definir sua persona.
A vida é assim
feita de caminhos diversos, de rumos sem destinos e de destinos às vezes
impostos.
A liberdade de
escolha em muitos casos é censurada por nós mesmo. É como querer andar de sunga
no centro da cidade em um dia de sol escaldante. Porém eu não posso, pois esta é
uma vontade suprimida pelas regras morais de uma sociedade hipócrita ou como
diria os mais conservadores é uma postura/costume que não cabe, por exemplo, para
ser realizada na maior metrópole brasileira São Paulo, mas existe sim uma
possibilidade nas cidades litorâneas. Isso leva a uma pergunta: Constituição é
uma para onde tem sol, outra para onde tem seca, e outra para onde as chuva é
abundante?
Liberdade de
escolha uma opção sem opção, em uma sociedade em que o moral é normalizada e o
imoral cabível de condenação sem julgamento.
Na
antiguidade os homens eram condenados ao destino ditado e imposto
pelos Deuses, poucos eram os homens corajosos que enfrentavam a ira do Olimpo e
batiam no peito dizendo eu “escolho/trilho meu caminho”. Na atualidade esses
Deuses só não moram no Olimpo, eles se escondem atrás das paredes sagradas dos
templos, das igrejas, dos planaltos, dos gabinetes etc...
Porque eu
tenho opções que não me são permitidas? Se sou livre porque vivo preso em
falsas leis morais de uma sociedade imoral?
Dizia o poeta
Renato Russo: “Têm o meu destino pronto e não me
deixam escolher / Vêm falar de liberdade pra depois me prender”. O
que o grande poeta esqueceu de dizer foi que na maioria das vezes o grande
algoz é própria consciência, que as vezes se deixa levar pelo prazer sem pensar,
criando expectativas de felicidade em alguém que depois não terá nada além
de dores por uma decisão mau pensada apenas pelo simples prazer de querer
prazer.
Somos livres, mas sempre optamos por valores que nos
trancafiam com paredes limitadas pela nossa falta de consciência de que o
destino é uma opção minha. Precisamos lembrar que os antigos Deuses do Olimpo já
não dominam assim como regime militar já não existe, e ser alienado por
palavras mentirosas ditas da boca pra fora é aumentar de certa forma as paredes
da imoralidade criada pelos falsos moralistas.