domingo, 29 de outubro de 2017

O que é mais difícil perdoar ou pedir perdão?

Entre todas as dificuldades dos ser humano, talvez lidar com o ato de perdoar e pedir perdão, seja um dos mais difíceis. Tanto que o tema é frequente no maior manual de conduta da humanidade, a "Bíblia Sagrada".
Uns falam que a melhor maneira de perdoar é colocando em prática o amar uns a outros, pois se não amo meu irmão que o vejo como amar a um Deus invisível aos olhos da razão exacerbada?
Mas, o que é mais difícil perdoar ou pedir perdão?
Existe um velho ditado que diz que a confiança é feito cristal, uma vez quebrada não se cola. Nesta lógica perdoar é um ato quase impossível, o que leva em muitos casos a um certo tipo de perdão pior do que o ato de não perdoar, ou seja, nos tornamos indiferentes. Quantas pessoas você conhece que diz: Eu perdoo, mas isso não quer dizer que ainda quero que faça parte da minha vida. Certa vez ouvi de um professor na aula de História da Bíblia, que o pior dos pecados não está nos dez mandamentos, ele se chama indiferença, pois ela nos leva a manter mortas pessoas que ainda vivem.
Toda via, pedir perdão também não é uma ação simples e robótica como varias do dia a dia, ou espontânea , ela nos leva a uma reflexão intima sobre nossas próprias atitudes, a correção dos nossos excessos e principalmente ao ato deixar de ser o dono da verdade. 
Esta verdade nos leva a sermos sarcásticos, insensíveis. Verdadeiros reis e rainhas de reinos vazios. Nos tornamos totalitaristas e criamos nossos próprios dicionários e neles algumas palavras não existem e outras recebem outros significados, entre elas temos: amor, perdão, compaixão etc.
Como reis e rainhas também exercemos o papel de carrascos e matamos amigos e familiares, e muitas vezes não é nem por falta de amor e sim por excesso, ou seja, nos sentimos abandonados e trocados e colocamos em práticas vinganças e afirmamos para nós mesmos que não amamos as pessoas e que nossos atos são justificados porque o outro é mal e bla bla bla, quando na verdade o erro está em projetamos pessoas perfeitas onde deveríamos reconhecer humanidade.
Quando isso acontece, o ato de pedir perdão ou perdoar se tonar pequeno, perto do ato de reconhecer que amamos e que ao matar diariamente esse amor, não matamos o outro e sim a nós mesmos.