domingo, 10 de julho de 2011

Quem disse que surpresa é uma coisa boa não conhece todos seus significados!

Começo de verão, o sol pareceria totalmente alinhado com a terra, a brisa que soprava os coqueiros próximos ao mar, davam a entender que os queimava. Uma leve e turva sensação de que o deserto do Saara era aqui mesmo. As crianças pareciam golfinhos brincando com as ondas. Todas as sensações negativas pareciam ser levadas pelo mar. Minha esposa se igualava as míticas sereias, e se agraciava com o sol deitada de biquíni sobre uma kanga amarela que refletia os raios solares em seu rosto. Era à tarde de verão que todo homem imaginava viver com sua família, mas de repente o céu azul se escureceu como a um presságio e os raios de sol deram espaço a raios sombrios  e uma gigantesca tempestade começará a se formar. As crianças saiam do mar correndo ao ouvirem o clamor de minha esposa, que não, mas transmitia o ar de uma sereia, mas sim de uma leoa defendendo seus filhotes de predadores mais ferozes. Tive a estranha sensação de que algo pior estava para acontecer, e estranhamente me paralisei de uma forma que parecia que algo muito importante me seria arrancado naquelas férias tão bem planejadas em nossa casa de verão, a beira mar. O céu que agora estava negro era  cortado por raios, que estranhamente parecia se misturar com os raios de sol e vez ou outra seus clarões tomavam a cor alaranjada. Subitamente sinto alguém me arrastando para dentro de casa.
            Em minha mente algo martela, uma desgraça haverá de acontecer nestas férias, e minha paz se tornaria um verdadeiro inferno astral. A força dos ventos era tamanha que minha esposa nem precisou fechar a porta depois de ter me jogado para dentro de casa, ela se fechará sozinha.
           Já sentado na minha poltrona predileta na sala, ainda sentia os calafrios que congelavam até mesmo meus pensamentos, eis então que toca a campainha e um medo avalassador tomou conta de minha alma, quem seria naquele momento em que o apocalipse parecia acontecer lá fora. Minha esposa corre para atender, poderia ser alguém machucado, ou buscando abrigo. Na minha mente o pior ainda estava por vir e a porta parecia abrir-se em câmera lenta, ao está totalmente aberta eu tive naquele momento a sensação de que o capeta realmente existia e que minhas férias haviam chego ao fim. Eu acabara de ver minha Sogra com as malas na porta, veio para passar as férias conosco.
Este foi mais um dos textos produzidos no terceiro ano de faculdade.

terça-feira, 5 de julho de 2011

O Julgamento


O amanhecer daquele dia chegará mais cedo do que dos outros cinquenta anos em que vivi sobre aquela luz cinza irradiada pelo sol. As nuvens brancas não tinham mais os mesmo formatos hostis de outros dias. Notei que a viagem deveria ser definitiva. Eu finalmente poderia desfrutar do pouco tempo que ainda me restava. Foi quando fechei os olhos, e uma lágrima incomum escorreu dos meus olhos seria remorso ou felicidade, seria mesmo que Thanatos havia ouvido minhas preces, onde ele estaria neste exato momento.
Em um piscar de olhos me veio toda aquela jornada que haveria de estar cumprindo neste momento. Minha consciência martelava pela melhor forma de vingança: recusar-me a pagar a viagem ou contribuir e deixá-lo ir a julgamento o mais rápido possível.
Naquele momento lembrei-me de toda uma tradição que descrevia um rio onde suas águas eram completamente negras e densas, cobertas por uma nevoa avermelhada, onde corpos de pessoas desesperadas boiavam. Este mesmo rio sempre tinha suas margens cheias de pessoas à espera de um barqueiro ganancioso que demorava a chegar. Não me custaria muito ajudar com que pagasse essa passagem só de ida, mesmo porque há pouco ele acabará de deixar para trás toda sua esperança.
Seria melhor contribuir com as moedas de prata e deixá-lo se perder naquele gigantesco lugar sem perspectiva de crescimento para que pagasse por todos esses anos em que vivi sobre as rédeas duras desta sociedade machista e humilhante.
Mais uma lagrima cairá de meus olhos e naquele exato momento tive a certeza de que ele adentrará a primeira prisão e seu julgamento demoraria a findar-se uma vez que várias poderiam ser as prisões, vales ou fossos que caberiam a ele. Minha torcida era por uma pena que durasse uma eternidade, a companhia rápida de Cérbero, depois de uma longa caminhada sobre aquela chuva que desgastava a pele deixando um cheiro de cadáver em decomposição no ar seria pouco, sua viagem deveria ser muito mais cansativa, para que seu sangue se renovasse dia após dia, para abastecer a gigantesca cachoeira vermelha existente naquele lugar. Sua viagem infinita deveria ser mais longa, o juiz deveria encaminhá-lo talvez para o primeiro vale, onde ele se banharia em um lago criado por todas as lagrimas de sangue que derramei por sua causa, ou melhor, o juiz seria mais justo se lhe apresentasse o nono fosso onde as pessoas são retalhadas e seus sangues cobrem as paredes negras tingidas por uma camada de sangue seco.
Ao abrir s olhos tive a certeza que não sonhava o rabecão realmente estava ai, e seus restos mortais eram tratados como ele merecia um monte de nada que vai para lugar algum, pagar por coisa nenhuma em um lugar onde a lei dos mais fortes que sempre insistiu em colocar em prática será vivida de forma aterrorizante na eternidade do esquecimento. Era a certeza de que ele chegará primeiro que eu ao mundo dos mortos.

Antes que falem, que eeu estou deprimido, ou vingativo, deixa eu explicar: esse texto foi um exercicio realizado na aula de Redação em Televisão, no terceiro ano de faculdade. A proposta era fazer um texto, onde uma senhora sofredora, se despedia de seu falecido esposo, que fez sofrer toda uma vida matrionial.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Somos todos eremitas pós-modernos!!


Estive refletindo sobre como na atualidade vivem os eremitas (pessoa que vive longe das cidades para fugir ao trato social. Fonte: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa).
E cheguei a seguinte conclusão, a pós-modernidade nos fez todos eremitas, ou seja, vivemos todos trancados dentro de paredes invisíveis. Somos seres trancafiados em mundos que criamos para sobreviver.
É muito fácil você encontrar pessoas escondidas em seus mundos com fones de ouvidos ignorando toda a realidade ao ser redor (agora mesmo faço isso), pessoas isoladas em cantos, ou caminhando na multidão sem ao mesmo reconhecer as pessoas que transitam ao ser redor, até mesmo em capelas fazendo suas orações pessoais em prol de si.
Estas mesmas pessoas, criam perfis em comunidades virtuais, mas não são capazes de falar o que realmente sente.
Esses eremitas modernos não buscam viver isolados em meio a natureza, contemplando toda a beleza criada pelo grande Mestre, foi-se o tempo em que o eremita ficava sentando na serra contemplando o horizonte. Hoje eles contemplam as paredes inertes, sem horizonte ou perspectivas de seus quartos.
O homem é preso em sua grande fortaleza imaginária, ou em outras palavras em sua própria consciência. Vive amarrado as dores de ser um persona de si mesmo, pois ser o ator principal de sua própria vida requer muita força de vontade e coragem, então é mais prático viver personas. E cada dia em que se abre os olhos para o mundo real, se busca escolher qual o script (argumento ou guião cinematográfico, teatral ou televisivo. Fonte: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa) irá vivenciar.
Estamos fardados a viver em mundos imaginários, até o momento em que encontraremos uma razão para levantar a cabeça e gritar para o mundo realista, autoritarista e moralistas que não importa os julgamentos que façam da minha persona real, o que importa é viver longes destas prisões imaginárias.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Guaratinguetá TERRA DE MERCENÁRIOS.

Alguns devem está comemorando, essa vergonhosa atitude de nossa Câmara de Vereadores, e com certeza devem está fazendo cálculos idiotas da falsa democracia de Guaratinguetá.
Entretanto, vamos ser sinceros, poucos são os que tem coragem de lutar por um bem geral, sem querer nada em troca,
Ontem, os senhores vereadores que votaram a favor da Concessão da SAEG, não tem amor pela cidade e simplesmente estão preocupados com seus bolsos, ou seja, as chances de ir contra a Administração Pública e ter seus projetos aprovados futuramente seria nula. Me arrisco a dizer mais ainda, eles fizeram contas pesando no FUTURO, ou seja se um vereador para ser eleito em Guaratinguetá, precisa de mais ou menos 1.200 votos para sua reeleição, entre os 20 mil moradores dos bairros ajudados pela venda da SAEG deve render com certeza alguns votos, e esses moradores tem amigos e parentes em outros bairros que também votam.
Vergonhoso, pois quando vocês senhores Mercenários (vereadores) assim como o Chefe dos Índios o senhor Prefeito quando foram eleitos foi com o propósito de buscar o melhor pela cidade e não para BARGANHAR com os bens públicos.
Que seus filhos, netos, bisnetos … sofram futuramente com as atitudes mesquinhas de vocês de pensar somente no hoje, ou melhor, nas próximas eleições.
Democracia, não é compra o manipulação é um conceito que busca o melhor para população.
Sinto pena de vocês, pois fazer politica é muito mais que olhar no salário que entra em suas carteiras (dinheiro que sai da população), fazer politica e ser politico é buscar o melhor para a população. Um bom politico é aquele que tem pretensões de chegar ao topo, como chegou Rodrigues Alves filho de Guaratinguetá que foi PRESIDENTE, não parou para olha apenas a carteira dele, cheia com o dinheiro dos munícipes.