sábado, 3 de dezembro de 2011

Sobrevivo



Feliz aquele que tem o bom senso
Feliz aquele que sabe o que deseja
E que deseja o que sabe que quer
Amores vazios, Amores Clandestinos, amores impossíveis.
Como amar o vazio se não se sabe como preenche-lo
Como amar o clandestino sem temer o destino
Como amar o impossível quando o possível é solidão
Já recebi varias declarações de amor
Umas eu recusei, pois não era o que queria.
Outras recusei por não ter coragem de amar
Hoje o amor para mim é palavra vazia
Dita apenas com intuito de seduzir e conquistar
Amar o que seria!!!
Talvez se entregar ao momento, e viver os acalantos.
Talvez seja entrelaçar os destinos na eternidade
Mas só dura o que é verdadeiro
E o verdadeiro para mim não é “real”
Se o amor fosse uma fruta cheia de sementes
Para se cultivar, semear, arar e colher.
Eu seria uma fruta seca sem sementes
Vazias, amarga, seria somente casca.
O meu medo me secou
A minha dúvida me colheu
E hoje sou apenas tempestade de ventos
Que um dia eu plantei com a suave brisa
Da dor de ser o que nem sou.
Me falta tudo, me sobra nada, me resta pouco.
Mas sobrevivo do que me foi deixado


Publicado originalmente na comunidade dom orkut "Apaixonados por Poesia"em 24/07/2006