O “nunca mais” é uma
estação de trem sem paradas
Construída com trilhos
irregulares de uma verdade mal trabalhada
A espera de uma
locomotiva guiada pelas razões sem lógicas
Em nenhum tempo foi
encontrado as palavras certas
O léxico foi formatado
em letras indeléveis talhadas na pele
Deixando rastro de
dores esfumaçadas na essência
Jamais se foi pensado
em emoções
Carregastes em seus
lábios apenas a junção de letras ilusórias
Construíste um castelo
com as curvas de sua beleza venenosa
Mais do que nunca
abriste opções de diversão sem mencionar o preço
Paguei caro em
acreditar em sua vaidade sedutora
De troco me deste um
rio de lágrimas sem nascente
O “nunca mais” é uma
estação de trem sem paradas
Assim como seus lábios são um terminal poluído com o veneno da conquista
Um ponto sem parada
em constante rotação