quinta-feira, 17 de abril de 2014

O nunca mais é a moeda da desilusão

O “nunca mais” é uma estação de trem sem paradas
Construída com trilhos irregulares de uma verdade mal trabalhada
A espera de uma locomotiva guiada pelas razões sem lógicas
Em nenhum tempo foi encontrado as palavras certas
O léxico foi formatado em letras indeléveis talhadas na pele
Deixando rastro de dores esfumaçadas na essência
Jamais se foi pensado em emoções
Carregastes em seus lábios apenas a junção de letras ilusórias
Construíste um castelo com as curvas de sua beleza venenosa
Mais do que nunca abriste opções de diversão sem mencionar o preço
Paguei caro em acreditar em sua vaidade sedutora
De troco me deste um rio de lágrimas sem nascente
O “nunca mais” é uma estação de trem sem paradas
Assim como seus lábios são um terminal poluído com o veneno da conquista
Um ponto sem parada em constante rotação