quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Eu, as quatro paredes e você do lado de fora


Diz um velho ditado que: se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé. Às vezes é melhor ficar parado como uma pilastra, e manter o controle.
Daí as pessoas falam: Quem não sofre, não ama! O amor fortalece! E patati, patata, mas será mesmo que para ser feliz é preciso sempre descuidar da defesa, abrir as portas e esperar que algo bom entre.
Complicado, se fala que para ser feliz é preciso arriscar, entretanto o homem, muitas vezes carente se consola com meia dúzia de palavras bonitinhas, isto que antes era apenas um dom masculino, já é usado como uma artimanha de sedução feminina. Mudou-se de caça para caçador.
A solidão é meu as passatempo, passa fome, passa raiva, passa ciúmes, passa tudo, porém com ela se tem certezas e não dúvidas, se conhece o território, é um campo minado rastreado e minuciosamente decorado, ela não te abandona, não te dar as costa e muito menos acha que você está fazendo drama.
São mais de trinta anos de experiências, natais solitários, anos novos sempre parecidos com os velhos, uma vida de rotina, controlada pela força e determinação em ser apenas feliz.
E essa felicidade onde encontrar, em camas imundas de motéis, em lugares inusitados, que despertam a adrenalina. Sexo por sexo, sexo sem sentimento, troca de energias sem canalização. Como acreditava alguns filósofos a felicidade estar ligada ao ato sexual, e onde entrar o fazer amor.
Amor se faz, ou conquista?
Dúvidas, de uma mente desinteressada, abandonada no limbo dos pensamentos.
E amanhã, quem sabe, um raio cai e ilumine minha mente e afaste de mim o prazer e me traga o amor. Ops nem sei se quero isso não? Deixa acontecer naturalmente, ou quem sabe a solidão ainda seja a melhor solução.
PS: Nem sei, se o que sei, é realmente o que sei, e o que deveria saber!