sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Vilipendiado.


Às vezes me sinto tão imenso como o universo e tão solitário como as estrelas.
É um vazio sem explicações, é uma carência sem motivos e uma dependência sem vícios.
O coração toma as dores da razão e publica suas mágoas e suas angústias como se tudo tivesse que ser notório.
Viver deixa de ser um ato de liberdade e torna-se um ato melancólico, cheio de desprezo e amarguras.
Um tiro no escuro que acerta o próprio peito, que se tinge de vermelho.
A solidão inexplicavelmente toma a forma de um dragão que cospe sobre você realidades que cortam a pele como navalhas e ferem a alma como o pecado incondicional.
E você se vê jogado em um chão frio, umedecido pelas lagrimas da falta de amor, da falta de carinho e do medo da solidão. Um isolamento que congela até mesmo a alma.
Você se sente como um feto que luta pela vida, que chuta, bate, pula pela necessidade de se sentir visível no seio de uma sociedade entregue aos corvos e aos predadores.
E você descobre que a solidão é a bebida do viciado, o alimento do esfomeado a necessidade dos soberanos e adaga dos vilipendiados.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

É mais fácil adimirar a grama do vizinho que cultivar a minha.

Dizem que o verde da grama do vizinho sempre é mais verde que o nossa. Daí me pergunto: - Por que nunca estamos satisfeito com o que temos? Por que sempre estamos reclamando quando existem pessoas em situações bem piores que a nossa?
Sabe muitas vezes temos as respostas para essas e outras perguntas, porém ignorar as certezas ainda é mais fácil que enfrentar a realidade de peito aberto.
Às vezes somos condenados a viver trancafiados em nossas próprias prisões. Ficamos presos em amarras que nós mesmos criamos. Vivemos em prisões invisíveis sem grades e nem muros.
Essas prisões ditam os limites de nossos sentimentos e também de nossa moralidade em prol de uma sociedade segmentada, mas que ainda dita regras gerais voltas aos falsos moralistas.
Graças a isso descobrimos vários ATLAS da sociedade pós-moderna. Condenados a segurar o peso do céu em suas costas. São mundos e mundos criados diariamente para fugir de um mundo chamado “própria vida”.
É preciso encarar que a grama do vizinho é mais verde que a nossa e isso estar ligado ao fato que em vez de eu tomar conta da minha grama observo e critico a de meu vizinho, que não perdeu tempo reparando na minha. Assim deixo de observar o crescimento da minha, e deixo que as ervas – daninhas cresçam junto com a minha grama.
Infelizmente somos assim, nos envolvemos com os problemas dos outros para fugir dos nossos, que na maioria das vezes podem ser resolvidos com diálogos e compreensão, mas não é isso que fazemos, pois sempre é mais fácil, palpitar na vida alheia do que resolver nossa própria vida.
Sua vida não vai tomar rumo, se você passar a maior parte do seu tempo sentado na cerca contemplando o que não é seu.

PS: Atlas para que não sabe é um dos Titãs mitológico que desafiou o Olimpo e como castigo passou a ter que carregar o céu nas costas evitando que ele se encontre se com o solo.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Solidão carnal


Já havia passado da meia noite, e a luz prateado emanada pela gigantesca lua cheia, adentrava ao quarto através das frestas da janela e iluminava aquele corpo desnudo debruçado sobre um lençol que parecia com pequenas partículas de gelo que cai nos dias de inverno.
Era como se a própria deusa da lua Artemis, estivesse guiando seus sonhos em busca da presa mais perfeita, guiando seus sonhos em busca de uma verdade singular, que só se encontra quando estamos no ápice de nossas dores.
Em seu semblante notava-se a satisfação que seus sonhos lhe proporcionavam. A lua tentava imaginar o que queria dizer aquele sorriso que se equilibrava vez como o de uma criança pura outra como a de uma jovem sensual disposta a cometer as mais calorosas noites de prazer.
Vez ou outra a brisa que adentrava da janela junto com os raios lunares, soprava seus cabelos cacheados e loiros.
De repente seu sorriso deu espaço para um lineamentos, tenso, inquieto e seu corpo parecia corresponder a seus aflitos. Ela passava as mãos sobre seu corpo como se estive em busca de prazer. Sua pele começou a verter líquido em abundância e seu lençol agora parecia que tinha acabado de ser utilizado por enamorados, que fazem de suas transpirações a união de células de corpos diferentes. Suas mãos deslizavam sobre a sinuosidade de seu corpo, em busca da vulva. Mesmo dormindo ela emitia suspiros de prazer. Lá fora a lua tentava imaginar seus sonhos, suas loucuras, tentava imaginar qual era a fonte de tanto prazer, de tanta transpiração.
Inquieta e sem conseguir descobrir qual era a fonte de tanta felicidade, a lua representada pela deusa da caça se sentiu humilhada e seus raios prateados deram espaço para grandes e poderosos relâmpagos que cortavam o céu.
A lua estava sentindo-se trocada, para ela a bela garota ignorava toda sua contemplação por causa de um orgasmo noturno.
Neste exato momento um clarão acompanhado de um estrondo acorda a sensual garota que tinha transformado seu lençol em um rio de suor. Assustada ela sentou-se na beira da cama e olhou para lua que voltara a ser prateada e brilhante, seus olhos azuis contemplava a lua assim como o beija-flor contempla as mais lindas tulipas.
Foi ai que a lua pode entender que atrás daqueles olhos imaculado escondia-se o desejo de viver na mais longa e fria solidão assim, como escolhera Artemis, a deusa da caça que fazia de suas buscas pelas mais belas presas a razão para viver a solidão da carnal.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Constelação de Cisne e seu significado para mim.


Todos em sua infância acabam se tornando fãs de algum super herói ou heroína, isso por que a tendência é nos identificarmos com alguns destes personagens.
Eu como a maioria dos meus amigos sabem sou SUPER fã dos Cavaleiros do Zodíaco, e meu personagem predileto é o HYOGA da Constelação de CISNE (CYGNUS), também conhecida como cruz do norte. Mas, porque um personagem de anime e não de um cartoon, pelo simples fato que os heróis japoneses são humanos normais capazes de enfrentar qualquer desafio, entretanto é um longo debate sobre essas diferenças e não vem ao caso.
O Hyoga que representa a constelação de Cisne, é um personagem que causa certa antipatia pela forma de pensar e agir, é considerado como prepotente e arrogante, o mesmo que as pessoas pensam de mim até me conhecer. Ele aparece de inicio assim, até que se mostre porque ele é frio e calculista.  É o único personagem do anime/mangá, que demonstra traços católicos. Existe também um traço forte que é o apego a um ente querido (sua mãe). Ele vai para o treinamento apenas com o objetivo de conseguir superar o clima frio da Sibéria onde sua mãe esta sepultada, em outras palavras, sempre que sente saudades, ele busca estar junto com os resto mortais de sua mãe, assim eu sou com meu pai.
Depois ele sofre para salvar seu mestre do domínio do Satã Imperial, ele não mede esforços e ultrapassa seus limites pela primeira vez. Eu sou assim um discípulo que sempre busca superar os limites impostos pelos que me ensinam, ou seja, não é querer ser o melhor é dar o melhor de si mesmo, valorizando as oportunidades que me são dadas.
Ele é leal á seus amigos, uma lealdade cega. Chega a furar um dos olhos para se redimir de um erro causado a seu amigo de treinamento ISSAC. EU sou desta forma fiel aos meus amigos.
O mestre de seu mestre (KAMUS) mostra para ele que a grande fraqueza dele é se prender a sentimentos passados, a dores que já cicatrizaram. Desta forma afunda mais o barco onde estão os restos mortais de sua mãe, impossibilitando que ele a veja e logo depois ensina para o cavaleiro seu golpe mais poderoso, ou seja, mostra para o discípulo, que as dores a gente carrega no peito, mas não deixa que elas tomem conta de nossas vidas. Por este motivo eu deixei de freqüentar o tumulo de meu pai, toda vez que me sentia perdido. Pois é necessário entender e respeitar o passado para poder trilha um futuro.
Foi mais de 14 anos criando coragem para fazer esse desenho que segue o original desenhado por Masami Kurumada, as únicas diferença são que ela é traçada e não riscada e em vez de fazer ela deitada eu optei por fazer em pé, pois levei em consideração a divisão das asas nas costas e também a indicatividade, ou seja, sempre buscando o mais alto.

Em outras palavras o patinho feio, ganso ou outras piadinhas que alguns estão fazendo é porque não entendem o que significou da minha coragem de fazer essa tattoo. Não sou um superherói, mas busco ultrapassar diariamente meus limites, lógico que apoiado nos meus valores cristãos.

domingo, 9 de outubro de 2011

Te ver me faz notar que o tempo não passou.


Existem dores e cicatrizes que marcam a alma pela eternidade.
Muitos poetas já expressaram os primeiros sentimentos verdadeiro, conhecido como amor.
Uns afirmaram que a distância e o tempo apagam as dores e as alegrias compartilhadas.
Não sou sábio, muito menos poeta, entretanto afirmo que, os sentimentos não podem simplesmente serem editados ou apagados.
Eles trazem marcas indeléveis, em várias camadas, que escondem:
Cada carinho expressado antes do Adeus;
Cada noite em branco passado sentado na cama policiando seus sonhos;
Cada abraço cheio de ternura;
Isso sem contar no sorriso conquistado a cada pequeno gesto feito por amor.
Nada disso sem você faz sentido, é como acordar e descobrir que mais um dia sem emoção se inicia.
Quando tudo teve fim, mesmo sem nunca ter iniciado a vida passou a ser necessidades mecânicas.
O respirar tomou o lugar do suspirar pelos seus sorrisos.
O caminhar deixou de ser passeio pelas fronteiras da felicidade e tornou-se corrida pela sobrevivência.
Os anos voaram, o abismo cresceu, mas nada dentro desta prisão chamada coração mudou.
Queria poder fazer um corte temporal, e assim como se faz em uma edição jogar fora o que não me serve.
Mas sou como um ancião que acumula trecos, velharias e tudo que não me serve mais.
O tempo que os poetas dizem que apagam sentimentos em mim me fez ver que não era apaixonado pelas suas curvas perfeitas, pelo seu sorriso lindo.
Mostrou que eu realmente vivi o verdadeiro amor, aquele que não busca a satisfação do corpo, pois este é casca que se desgasta.
E o tempo, é apenas um instrumento responsável por medir a fantasia que um dia foi realidade.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Ministra o tempo da ditadura já acabou.


Nada contra ter mulher no poder, tanto que no primeiro turno das ultimas eleições presidências eu defendi a candidata Marina Silva. Sem dizer que conheço várias amigas que executam cargos mais elevados que de homens e são super competentes.
Porém é “ridículo” o que essa tal ministra Iriny Lopes anda fazendo.
Ela esta extrapolando no seu cargo, ou seja, esta esquecendo que a televisão é uma forma de entretenimento, que deve sim obedecer ao tripé informar, entreter e educar, porém ela não deve meter o bedelho onde não foi chamada.
Dona Iriny Lopes, a senhora esqueceu que a censura é proibida no país faz alguns anos, e existe atualmente uma Portaria (1220/07) que serve para classificar os programas televisivos e a mesma não é censura.
Os programas que a senhora tenta se intrometer passou antes por esta portaria e mais ambos são programas de ficção, e vou um pouco além, se a senhora tivesse lido o manual de classificação viria que o marketing social é bem vistos pelo GOVERNO, e no caso da novela “Fina Estampa” a novela nem acabou, ou seja, esta desenvolvendo esse serviço social que a REDE GLOBO sempre faz de uma forma muito sutil. Como foi explicado pelo próprio autor da trama em entrevista a REVISTA VEJA: “A ministra pode ficar tranquila porque, antes do oficio dela chegar, a situação da Lei Maria da Penha já estava contemplada no meu texto” (Aguinaldo Silva).
O site uol.com.br, fez uma matéria recentemente que mostrou que o tema (violência contra a mulher) abordado pela trama global fez aumentar em 32% o número de denuncias, e olha que o desfecho do tema nem ocorreu ainda.
Faz o seguinte senhora Ministra, vai estudar um pouco sobre nossa Constituição e deixa que da TELEVISÃO cuida quem está preparado e tem conhecimento.