Muitos poetas já expressaram os primeiros sentimentos
verdadeiro, conhecido como amor.
Uns afirmaram que a distância e o tempo apagam as dores e as
alegrias compartilhadas.
Não sou sábio, muito menos poeta, entretanto afirmo que,
os sentimentos não podem simplesmente serem editados ou apagados.
Eles trazem marcas indeléveis, em várias camadas, que
escondem:
Cada carinho expressado antes do Adeus;
Cada noite em branco passado sentado na cama policiando seus
sonhos;
Cada abraço cheio de ternura;
Isso sem contar no sorriso conquistado a cada pequeno gesto feito por amor.
Nada disso sem você faz sentido, é como acordar e descobrir
que mais um dia sem emoção se inicia.
Quando tudo teve fim, mesmo sem nunca ter iniciado a vida
passou a ser necessidades mecânicas.
O respirar tomou o lugar do suspirar pelos seus sorrisos.
O caminhar deixou de ser passeio pelas fronteiras da
felicidade e tornou-se corrida pela sobrevivência.
Os anos voaram, o abismo cresceu, mas nada dentro desta
prisão chamada coração mudou.
Queria poder fazer um corte temporal, e assim como se faz em
uma edição jogar fora o que não me serve.
Mas sou como um ancião que acumula trecos, velharias e tudo
que não me serve mais.
O tempo que os poetas dizem que apagam sentimentos em mim me
fez ver que não era apaixonado pelas suas curvas perfeitas, pelo seu sorriso
lindo.
Mostrou que eu realmente vivi o verdadeiro amor, aquele que
não busca a satisfação do corpo, pois este é casca que se desgasta.
E o tempo, é apenas um instrumento responsável por medir a
fantasia que um dia foi realidade.