domingo, 9 de outubro de 2011

Te ver me faz notar que o tempo não passou.


Existem dores e cicatrizes que marcam a alma pela eternidade.
Muitos poetas já expressaram os primeiros sentimentos verdadeiro, conhecido como amor.
Uns afirmaram que a distância e o tempo apagam as dores e as alegrias compartilhadas.
Não sou sábio, muito menos poeta, entretanto afirmo que, os sentimentos não podem simplesmente serem editados ou apagados.
Eles trazem marcas indeléveis, em várias camadas, que escondem:
Cada carinho expressado antes do Adeus;
Cada noite em branco passado sentado na cama policiando seus sonhos;
Cada abraço cheio de ternura;
Isso sem contar no sorriso conquistado a cada pequeno gesto feito por amor.
Nada disso sem você faz sentido, é como acordar e descobrir que mais um dia sem emoção se inicia.
Quando tudo teve fim, mesmo sem nunca ter iniciado a vida passou a ser necessidades mecânicas.
O respirar tomou o lugar do suspirar pelos seus sorrisos.
O caminhar deixou de ser passeio pelas fronteiras da felicidade e tornou-se corrida pela sobrevivência.
Os anos voaram, o abismo cresceu, mas nada dentro desta prisão chamada coração mudou.
Queria poder fazer um corte temporal, e assim como se faz em uma edição jogar fora o que não me serve.
Mas sou como um ancião que acumula trecos, velharias e tudo que não me serve mais.
O tempo que os poetas dizem que apagam sentimentos em mim me fez ver que não era apaixonado pelas suas curvas perfeitas, pelo seu sorriso lindo.
Mostrou que eu realmente vivi o verdadeiro amor, aquele que não busca a satisfação do corpo, pois este é casca que se desgasta.
E o tempo, é apenas um instrumento responsável por medir a fantasia que um dia foi realidade.