As nuvens muitas vezes nos dizem
mais que as estrelas, elas desenham o presente, borram futuro e apagam o pretérito.
O ser humano quando
dono de seu equilíbrio, de suas razões desconhece as armadilhas do tão cruel
destino imposto pelos Deuses gregos e defendido pelos mortais.
Duas vidas distintas se cruzam em
um ponto cartesiano criando um ponto de fuga em um horizonte turvo, sem nitidez
ou lucidez.
Transitam pela rodovia sombria
das palavras, se comunicam com signos sem significados concretos e por gestos enlouquecidos
É o racional que se desmonta
dando espaço a esperanças antes nunca sonhada
É o emocional que se descobre nas
arestas de uma estrada desconhecida, em que as pistas vazias cortam o coração como se fossem
navalhas, deixando tudo a ermo
Deste choque emana algo em comum,
entretanto incompreendido
Como o sábio que habitava as
mais profundas cavernas do lógos pode se entregar a um léxico dominante, usado
como chave de templos vazios sem vida
Como a sabedoria do coração
consegue lidar com as batalhas incessantes no universo paralelo do logos tão
tenebroso
Destinos em atritos criam grandes
explosões com troca de valores
Trocas de papeis capaz de
transmutar o nada em tudo e o tudo em buracos negros
Sorrisos superficiais expressados
espontaneamente para disfarçar as lagrimam de um coração, comprimido em dores e
desapontamentos
Olhos vazios já habitados pela racionalidade
que foram entregue em sacrifícios a sonhos inacabados e incompreendidos
A evasão do encontro cartesiano
vista como opção de indubitável ou não é um lapidar das sombras e do medo de
clamar em seu intimo sua própria persona.