sexta-feira, 4 de maio de 2012

O pretérito nem sempre é perfeito


O pretérito nem sempre é perfeito
Saudade não pode ser traduzida ela é um sentimento sem explicação
Vem às vezes carregada pelas lagrimas, expressadas por um coração carente
Outras pela distância distorcida pela falsa compreensão
Saudade é um clamor no escuro
É o dialogo sem palavras, sem gestos e sem expressão
É um pesar que infligi a alma e vicia o músculo do tórax
É um desprover dos sentidos racionais e intelectuais
Sentir saudades é um ato de reprimir a necessidade de respirar
Sentir saudades é crer que em algum tempo algo de bom lhe foi oferecido
Saudade é um germe de corrupção moral, que aos poucos te leva alienação
A saudade constrói castelos onde não existe fonte de vida
Fabrica sonhos irreais e irracionais
Leva-te a supor em felicidades desgastadas ou sem princípios
A saudade é o ópio dos corações calejados é a razão sem interpretação
Viver de saudades é simplesmente apagar o que a vida ainda não te deixou escreve
Se o pretérito fosse perfeito não haveria espaço para um vácuo preenchido pela lucidez.