quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Quanto vale não ser só?

Muito se fala sobre a modernidade, ou sobre a pós-modernidade. O engraçado é que nem conseguimos lidar com uma nomenclatura e já apareceu outra.

Mas quais os principais dilemas a serem enfrentados pelo homem pós-moderno? Umas das características que envolvem o dia-a-dia desta geração é a altossatisfação, mas essa já foi discutida por filósofos lá atrás em Atenas e repensada pelos filósofos existencialista. Vivemos o velho novo momento, e para dar vida as sensações passamos a comercializar os sentimento. Você sabe qual o preço de uma boa companhia? Quanto vale neste mercado o amor? Quanto custa ser feliz?

Este mais do que nunca é o momento das palavras vazias de sentimentos, mas cheias de retóricas. Palavras pensadas são ditas, não, mais para conquistar um sentimento e sim para dominar um momento. O ''eu te amo'' virou chave para as portas que levam ao prazer da momentaneidade (que para muitos é igual a felicidade).

O medo da solidão abre espaços para os meios de comunicação ocuparem lugares antes preenchidos por amigos, colegas, companheiros, esposas, maridos, família e por Deus. E quando estes perdem espaço para pessoas de carne e osso, estas são usadas como objetos sem valores.

A pós-modernidade ou melhor dizendo homem considerado pós-moderno, não enxerga mais o próximo como um ser que necessita de respeito e amor. Pessoas são tratadas como brinquedos, e basta conquistar um novo para jogar o velho de lado. Esse comportamento afasta cada dia mais as pessoas do transcendente, ou seja, se nem meu próximo eu que consigo enxergar ''eu amo'', como vou amar o que está além da compreensão dos homens.

Acredito que seria melhor ser um homem solitário do que utilizar as pessoas de forma futil para suprimir minhas necessidades.



A-mor líquido, tão honestamente flexível
Amor líquido dissolve o espírito e acaba antes do princípio
A-mor líquido, muito mais do que é preciso
Amor líquido é um ofício difícil de ser desaprendido
Banda Binária - Amor Líquido.