terça-feira, 18 de setembro de 2012

A verdadeira liberdade não te dá o direito de trancafiar os outros


A vida sempre foi e será um ato de escolha, até mesmo sua existência partiu de escolhas. Seus pais poderiam ter optado por usar preservativos, anticoncepcional, tabelinha ou até mesmo fazer um aborto, o seja você já nasceu de uma escolha e as escolhas vão te acompanhar pelo resto da vida.
Ao crescer você vai assimilar os valores da sociedade da qual foi inserido ao nascer, desta forma vai criando sua própria idiossincrasia, ou seja, vai peneirar os valores que condizem com a realidade que quer viver, tomando decisões e fazendo escolhas que vão definir sua persona.
A vida é assim feita de caminhos diversos, de rumos sem destinos e de destinos às vezes impostos.
A liberdade de escolha em muitos casos é censurada por nós mesmo. É como querer andar de sunga no centro da cidade em um dia de sol escaldante. Porém eu não posso, pois esta é uma vontade suprimida pelas regras morais de uma sociedade hipócrita ou como diria os mais conservadores é uma postura/costume que não cabe, por exemplo, para ser realizada na maior metrópole brasileira São Paulo, mas existe sim uma possibilidade nas cidades litorâneas. Isso leva a uma pergunta: Constituição é uma para onde tem sol, outra para onde tem seca, e outra para onde as chuva é abundante?
Liberdade de escolha uma opção sem opção, em uma sociedade em que o moral é normalizada e o imoral cabível de condenação sem julgamento.
Na antiguidade os homens eram condenados ao destino ditado e imposto pelos Deuses, poucos eram os homens corajosos que enfrentavam a ira do Olimpo e batiam no peito dizendo eu “escolho/trilho meu caminho”. Na atualidade esses Deuses só não moram no Olimpo, eles se escondem atrás das paredes sagradas dos templos, das igrejas, dos planaltos, dos gabinetes etc...
Porque eu tenho opções que não me são permitidas? Se sou livre porque vivo preso em falsas leis morais de uma sociedade imoral?
Dizia o poeta Renato Russo: Têm o meu destino pronto e não me deixam escolher / Vêm falar de liberdade pra depois me prender”. O que o grande poeta esqueceu de dizer foi que na maioria das vezes o grande algoz é própria consciência, que as vezes se deixa levar pelo prazer sem pensar, criando expectativas de felicidade em alguém que depois não terá nada além de dores por uma decisão mau pensada apenas pelo simples prazer de querer prazer.
Somos livres, mas sempre optamos por valores que nos trancafiam com paredes limitadas pela nossa falta de consciência de que o destino é uma opção minha. Precisamos lembrar que os antigos Deuses do Olimpo já não dominam assim como regime militar já não existe, e ser alienado por palavras mentirosas ditas da boca pra fora é aumentar de certa forma as paredes da imoralidade criada pelos falsos moralistas.

sábado, 15 de setembro de 2012

Inerte à sua espera


O mundo gira lá fora e eu continuo aqui inerte em seu sorriso
Contemplando o brilho ausente dos seus olhos ao me olhar
Em busca de uma nova oportunidade de decifrar seus beijos
De reacender a chama dos seus abraços que hoje são frios
Na expectativa de sentir o amor em suas palavras que hoje retalha meus sentimentos
O mundo gira lá fora e eu aqui inerte pensando em suas curvas
Meus olhos ao primeiro impacto ignoraram a sua beleza oculta
Quando dei por mim já estava envolvido em sua história
Apaixonado pela sua pessoa, com os olhos aberto para sua beleza singular
O mundo gira lá fora e eu continuo aqui inerte refletindo sobre meus erros
Você me conquistou sem imagina o quanto eu era carente
Eu ingênuo achei que podia partilhar minha felicidade
Juntos vivemos momentos intermináveis de um amor sem fim que teve prazo de validade
O mundo gira lá fora e eu aqui tento falar com esse coração que só clama por ti
Você me ensinou que reconquistar é mais difícil que conquistar
Pois a conquista pode ser espontânea e você às vezes nem nota que ganhou uma jóia
Reconquistar requer esforços imagináveis de um coração em cacos
Reconquistar requer descobrir erros que nunca foram descobertos
O mundo gira lá fora e eu aqui inerte esperando pelos seus lábios que são portais para minha terra do nunca
Aguardando o momento de sentir suas curvas de encontro com meu corpo quebrando esse abismo nos torna dois desconhecido