quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Olhar para o passado apenas para relembrar os amigos que se foram

Adeus ano velho, 2009, foi um ano de muitas perdas, posso dizer que foi um ano negro.

O que teve um início que prometia reviravoltas tornou-se sombrios.

Depois de várias etapas e de garantia de emprego na Canção Nova, acabei amargando mais uma derrota, fui barrado no último exame para contratação.

As derrotas não pararam por ai não, logo após o carnaval, perdi um pedaço da minha história, uma fatalidade para não dizer uma brutalidade levou meu “AMIGO, IRMÃO, COMPANHEIRO”, mas Deus para tentar me animar me colocou a frente do Comunicação em Destaque, foi uma recompensa em um momento em que não tinha cabeça para dar o meu melhor, mas graças a Ele, que sempre me guia saiu tudo bem.

Vi também uma grande amiga ser chamada para junto do Pai, deixando em mim um vazio difícil de preencher, no entanto esse vazio deve ser maior ainda em suas meninas.

O Senhor me reservou coisas boas, para o restante do ano, me estendeu novamente a chance de estar na Canção Nova, desta vez como estagiário.

Faculdade outra oportunidade de Deus, ou quem sabe um teste de paciência, ano difícil, em que conheci algumas pessoas sem suas mascaras, me senti muito sozinho. Fui um grão de areia em pleno oceano, perdido sem rumo, sem apoio.

Ah sei lá o que dizer neste momento, seria ingratidão com o Senhor dizer que: - Este foi o pior ano de minha vida, pois Ele me estendeu as mãos varias vezes, neste ano.

Que 2010, seja um ano de realizações sem grandes perdas, pretendo comemorar um sonho o de me formar, mas não quero me formar apenas profissionalmente, quero me formar como pessoa que vive que dá chance para sofrer, que ama que se apaixona e reconhece no seu irmão o sofrimento.

Que venha mais um ano, mas Senhor quando eu abrir minha boca para falar, que seja o Senhor falando por mim, não quero ser um comunicador sem conteúdo, sem sentimento movido pela razão.

Metas para esse ano:
curso de Inglês; conseguir ir pelo menos 3 dias por semana na academia; encontrar alguém especial para minha vida, que me ame da forma que eu sou; tirar a limpo uma parte da minha história sem final, reencontrar alguém que me deve algumas respostas; ter paciência na faculdade; TCC; um bom emprego.

“A maior meta sem dúvida é ser feliz, cansei de infelicidade, de amigos falsos, de estar cercado de pessoas hipócritas que usam outras como se fossem fantoches. Se for preciso começo meu circulo de amizades do ZERO, mas não vou mais ser bobo de ninguém."

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Eu, as quatro paredes e você do lado de fora


Diz um velho ditado que: se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé. Às vezes é melhor ficar parado como uma pilastra, e manter o controle.
Daí as pessoas falam: Quem não sofre, não ama! O amor fortalece! E patati, patata, mas será mesmo que para ser feliz é preciso sempre descuidar da defesa, abrir as portas e esperar que algo bom entre.
Complicado, se fala que para ser feliz é preciso arriscar, entretanto o homem, muitas vezes carente se consola com meia dúzia de palavras bonitinhas, isto que antes era apenas um dom masculino, já é usado como uma artimanha de sedução feminina. Mudou-se de caça para caçador.
A solidão é meu as passatempo, passa fome, passa raiva, passa ciúmes, passa tudo, porém com ela se tem certezas e não dúvidas, se conhece o território, é um campo minado rastreado e minuciosamente decorado, ela não te abandona, não te dar as costa e muito menos acha que você está fazendo drama.
São mais de trinta anos de experiências, natais solitários, anos novos sempre parecidos com os velhos, uma vida de rotina, controlada pela força e determinação em ser apenas feliz.
E essa felicidade onde encontrar, em camas imundas de motéis, em lugares inusitados, que despertam a adrenalina. Sexo por sexo, sexo sem sentimento, troca de energias sem canalização. Como acreditava alguns filósofos a felicidade estar ligada ao ato sexual, e onde entrar o fazer amor.
Amor se faz, ou conquista?
Dúvidas, de uma mente desinteressada, abandonada no limbo dos pensamentos.
E amanhã, quem sabe, um raio cai e ilumine minha mente e afaste de mim o prazer e me traga o amor. Ops nem sei se quero isso não? Deixa acontecer naturalmente, ou quem sabe a solidão ainda seja a melhor solução.
PS: Nem sei, se o que sei, é realmente o que sei, e o que deveria saber!


sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A praia o camaleão e o cofre – A vida na calmaria.


Hoje tomo a liberdade de postar aqui, um trabalho da matéria de "Redação para Televisão", em que me foi pedi para descrever alguém da sala de aula, e então decidi falar sobre um AMIGO, que mesmo nas minhas crise de existência sempre esteve presente do meu lado nestes três anos de Faculdade

A lua, já está indo embora dando espaço para um céu alaranjado que anuncia a chegado de mais um dia, cheio de correria.

Neste momento eu fecho os olhos e tento me espelhar em um grande amigo e me vem à mente: uma praia deserta, onde as ondas começam a perder suas forças mostrando que a lua está se distanciando e que mais um dia que teria tudo para ser estressante será calmo.

Aos poucos, essa praia deserta vai perdendo espaço para uma multidão de pessoas que chega, onde um fala mais alto que o outro. São pessoas querendo brilhar mais que as outras, gerando um clima de hostilidade, e o melhor a fazer neste momento é torna-se um camaleão e esconder-se nas sombras. Não que essa seja a maneira, mais correta de viver a vida, entretanto, é a forma que ele sempre usa para caminhar sem criar embaraços ou estresses com as pessoas ao meu redor. Em horas como essa, é a única solução para se viver bem, ou seja, ser apenas um mero coadjuvante neste grande filme chamado vida.

De que adianta sair clamando ao mundo todo seu potencial, criando uma gigantesca cobrança, onde seus erros que poderiam passar despercebidos acabam se tornando os erros mais idiotas já cometidos. Isso porque quando se torna uma pessoa em evidência todos os seus passos são minuciosamente analisados.

O correto mesmo é ser como a esfinge, dotada de sabedoria e de enigmas, ou como um cofre que pode carregar tantos segredos, como valores.

São esses valores que fazem desta grande praia deserta, em que a brisa do mar sopra trazendo à paz e levando: o estresse e a necessidade de gritar que se existe.

Aqueles que vivem como camaleões estão completamente certos porque aprendem nas surdinas a tornarem-se grandes mestres. Porém, sabem que para chegar a esse patamar é preciso, às vezes, abrir o grande cofre da vida, e deixar que segredos vazem e que valores como amizade e generosidade entrem.

Quem me dera viver nessa calmaria que sobrevive essa grande pessoa.





domingo, 13 de dezembro de 2009

Sem chão


Sabe aquela estranha sensação de que a escola que alguns estão entrando, você já é pós graduado.

Estranhamente me faz lembrar que o homem é o lobo do homem, vivemos sempre na cautela, esperando um ataque ou esperando para atacar. Para alguns isso pode ser ciúmes e para outros doenças.

Sei lá para mim, é tudo tão esquisito, é como se tivesse que aprender a andar, mas não como uma criança, que vai aprendendo a firmar o corpo e que nos faz rir com seus passos desajeitados. Seria como alguém que sofreu uma lesão e que muitos anos viveu preso em uma cadeira, impossibilitado de fazer qualquer coisa, mas que depois de um longo período tem uma nova chance, diferente da criança que tem medo, esse já quer correr, mas ainda esta inseguro, e confiar em alguém é algo complicado.

Hoje depois de anos sentir um vazio, uma sensação estranha está consumindo meu peito e deixando a garganta seca. A minha cabeça está girando, mas sempre voltando ao mesmo lugar, quero fugir e não sei para onde ir.

Ainda dizem que esse sentimento faz bem, quem disse isso NÃO SABE O QUANTO DÓI ser ignorado outro trocado por alguém, mais novo, ou sei lá outras várias características que não vem ao caso.

Isso só me ocorreu porque eu corri em vez de caminhar, troquei os pés pelas mãos, pulei a ordem das coisas, ou sei lá não sou mais um garotinho... Mas um dia chegará minha vez, ANTÔNIO, não vai me esquecer kkkkkkk

PS: Tudo que é rápido também acaba rápido, tomara que esse vazio vá embora logo, o que tiver que ser será.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Quebrando Gelo



As palavras às vezes podem parecer vazias, ou quem sabe apenas letras formadas por uma dicção tremula.

Sonhos que se tornam realidades, verdades divida por várias cidades.

Dúvidas, certezas, dor, solidão ou simplesmente questionamentos.

A certeza é que um sorriso cativa, um olhar conquista, e um abraço apertado me desmorona.

Cá estou contando segundos, minutos, horas e dias, esperando um instante mágico, é uma espera de uma vida ou uma vida de espera.

Um encontro com o destino, uma fatalidade que deve gerar bons frutos. Fui cultivado pela semente do amor, ou germinado pelas tormentas da distância.

Jogo de sorte ou jogo de azar, a resposta só saberei se eu jogar. De uma coisa tenho certeza o prêmio, já conquistaram, resta saber se vão aceitar.

sábado, 28 de novembro de 2009

Um novo capitulo



Mais um ano vencido, com muitas batalhas. Perdi algumas coisas importantes esse ano, mas descobri outras.

Posso dizer que no dia 27 de novembro, às 20h30, de 2009, acabou mais um capítulo dessa história chamada ''Curso de Comunicação Social - Rádio TV: a batalha dos CDF oprimidos'', e ainda falta saber qual a data para o início do quarto e último capitulo. No entanto como toda história que se aproxima de seu fim, já conheço todos os personagens deste enredo, seus aliados, seu falsos aliados e seus inimigos manipuladores, que se escondem na pele do cordeiro.

Férias mais do que merecidas, depois de várias intrigas, desencontros, faltas de consideração, estresse e muita raiva, acho que eu merecia essa pausa. Digam o que quiserem, pensem o que quiserem, me rotulem com as etiquetas que tiverem, mas eu sobrevivi a essa guerra em meio a fogo cruzado, sem um exército e sem trincheiras.

Se ganhar for viver cercados de lobos ferozes esperando um vacilo seu, para te abocanharem, eu prefiro a solidão de um bom livro ou até mesmo de um ''Copo de suco de maracujá''

E uma coisa eu sei no final muitos ainda vão querer se aliar, ao cara chato, CDF, insuportável, arrogante, prepotente, que tenta impor liderança, que tem mania de perseguição, vários desses rótulos cairão na hora da necessidade.

Viva o quarto ano, e que o TCC venha e de as repostas para aqueles que me macularam quando cobrei aulas e conteúdo didáticos, no final sei que não serei o elo fraco.


Dai eu canto ''então não me conte seus problemas"

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

2012 - Será que estou preparado?


Neste final de semana depois de assistir ao filme “2012”, fiquei pensando em seu caráter ideológico, que vai além do efeitos especiais.

Quanto tempo de minha vida tenho dedicado a minha família? Complicado responder essa questão, nos últimos tempos, mal tenho passado mais que ''vinte minutos com minha mãe'' diariamente. Tenho vivido uma rotina estressante.

Daí chega final de semana, acabo saindo para shopping, cinema, missa, pastoral e onde tenho encontrado tempo para minha''véia'' e para meus sobrinhos, pois passo horas enfrente ao micro fazendo trabalhos, ou me relacionando com pessoas virtuais. Até que ponto esse ser virtual tomou conta da minha vida? Já nem sei!

Mas, o filme levantou dois questionamentos fundamentais, que me fizeram refletir muito. Será ,que se o fim do mundo fosse hoje, eu largaria tudo? E correria para socorrer somente meus entes queridos, mãe, irmãos, sobrinhos, amigos e até mesmo meus cachorros! E se o futuro da humanidade depende-se de um simples ato meu? eu estaria preparado para agir no momento certo.

A salvação da humanidade é mérito de todos ou apenas de quem tem dinheiro para se salvar? Um coisa talvez seja certeza, na hora do pânico e do desespero você se torna um leão para se defender e defender aos seus, mas será que este não é mais uma manifestação do nosso egoismo. Jesus poderia ter se livrado da cruz, mas se doou por todos. Pode parecer ceticismo ou heresia, mas se o Redentor voltasse hoje, será que estaríamos prontos para reconhece-Lo e acreditar fielmente e cegamente Nele!

O que sei é que se o Apocalipse (ou a Revelação) fosse hoje, a humanidade ainda não estaria preparada para compreender todos seus significados e pouquíssimas pessoas se salvaria. E eu bom creio que não sou digno dessa dádiva, ainda tenho muito que crescer.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Relativo


Sabe aquele dia em que tudo é relativo, seu o céu está azul está ótimo, mas se estiver cinza também.

É neste estado de espirito que me encontro agora, o sono pede para o corpo ir deitar, mas a mente fala para eu ir malhar. Eu nem sei o que fazer?

Há dias que nem dá coragem de levantar da cama, para enfrentar a mesma rotina, estágio (que graças a Deus é um dos melhores momentos do dia), academia (quando a coragem deixa eu ir), aula que desculpem o termo mas já estou p... da vida (ninguem merece sair de casa cansado para ir a aula e ser enrolado) e voltar pra casa e me consumir pelo gigantesco vazio chamado internet.

A vida anda em uma relatividade extrema. Como lidar com esse problema? Alguém ai tem um manual que me explique a lidar comigo mesmo e com as outras pessoas?

O sábio Renato Russo já dizia “Eu não me perdi o Sândalo perfuma o machado que o feriu. Adeus, adeus, adeus meu grande amor. E tanto faz ...”. Esse tanto faz que é a alma do negócio, a chave da fechadura sem orifício. Como sair de um lugar onde não existe portas e nem muros? Como fugir das amarras criadas pelas linhas imaginárias do limite da razão.

Relativo, será que hoje eu almoço ou janto, corro ou caminho, durmo ou permaneço acordado feito um zumbi. A única certeza é que vou passar o dia em dúvidas, em busca de respostas fáceis de serem encontradas mas difíceis de serem compreendida, isso porque a verdade também é relativa.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Mordaça




As vezes fico me perguntado: Até quando as pessoas vão tratar as outras apenas como quem indica?

Esse ato banal de querer usar as pessoas conduzem, a maioria a um tipo de censura interior deprimente. Imagina você se privar de conhecimentos, simplesmente, porque aqueles que deveriam estar te levando discernimento não estão capacitados para o cargo que exercem, mas tem influência na barraquinha da esquina.

Não existe pobreza de espirito maior que essa. O pior é que esses são os futuros comunicólogos que levaram até a população a ''informação''. Como alguém que se auto censura consegue, formular seus próprios pensamentos.

Até onde a hipocrisia do homem pode chegar? Onde fica a capacidade e a capacitação profissional? Onde eu coloco minha altossatisfação de ser um bom profissional? Acho que em lugar nenhum, pois não trabalho com ela!

Essa é a democracia destorcida que vivemos. O direito a educação, ao discernimento buscado por todos, está sendo dominado pelo simples querer: eu quero meu DRT, eu quero meu CREIA, quero apenas meu diploma. A pergunta é onde a fica sede de conhecimento para adquirir tudo isso? Não condeno quem busca um pedaço de papel que abre portas, mas as pessoas que deveriam respeitar quem busca o conhecimento, e isso vale não apenas para alunos, vale também para mestres (ou simplesmente, para professores não capacitados).

AMOR PRÓPRIO. Quem sente amor próprio, não se sujeita a dominação e a passividade! Luta, constrói, caminha sem medo de obstáculos.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Minhas várias personas


Hoje no serviço, tive que fazer um texto onde a seguinte pergunta era o foco: “Eu procuro por mim?”

E parei para pensar, eu faço texto buscando reflexões das pessoas. E eu o que tenho feito da minha vida? Será que tenho agido com coerência? Será que me reconheço?

Lembro que em minha adolescência (há muito tempo) alguém me indicou um livro que falava de uma patologia chamada de “Síndrome de Peter Pan”, e como era mencionado na obra alguém que sofresse aquela mazela não conseguiria ler por completo todo conteúdo. De fato não consegui, mas o estranho é que embora eu tente viver uma persona jovem, carrego em mim sintomas de uma pessoa sistemática, ranzinza e que não combina com essa minha persona.

Se eu me reconheço, bem posso afirmar que não sou tão ingênuo como Narciso que se apaixona por si próprio, mas também não sou tão experto como Athena para ter sabedoria de lidar com as piores das situações.

Recentemente eu vivencio algumas decepções, mas essas só aconteceram porque eu criei outra persona, que busca sempre estar atenta a tudo para não ser considerado o “burro” da vez. No entanto tive que lidar com algumas situações criadas por esse medo de ser julgado, ou seja, atrai pessoas que não davam valor a meus esforços.

A vida é assim, muitas voltas e sempre novas personas, hoje um pierot, amanhã um intelectual, outro dia um alguém sofrido. Essas personas vão surgindo de acordo com as necessidades. Certa vez escutei de uma pessoa que nunca fala coisa com coisa, mas que às vezes solta algo que mexe com o seu eu interior, e em uma dessas ocasiões escutei: “Todos temos duas caras, nunca vamos ser sincero demais, pois a verdade pode doer no outro, mas que em você mesmo”

Se eu me procuro, bem diariamente me esbarro comigo mesmo, seja em situações de ira, de reflexão, de harmonia ou de silêncio. Pois só é possível se encontrar quando essa busca te leva à escuridão da alma e lá sozinho se faz um balanço de consciência.

Qual seria minha vocação hoje, bem não seria Moisés, pois minha coragem anda meio em baixa, não seria Abraão, já que não tenho nenhum cordeiro para ofertar e nem Jeremias, pois não sou um exemplo de orador.

Talvez amanhã eu decida qual vocação a mais correta a seguir, pois hoje meus olhos já estão mais pesados que a minha consciência.

domingo, 1 de novembro de 2009

Ah! Coração

Ah! Coração que tem sede de amor
Pergunto-me como e onde encontrar?
Coração converse com a razão, tentem encontrar a mesma sintonia
Não me deixe viver na dúvida
Oh! Senhor que nos deixou o livre arbítrio
Consuma essa sombra que paira sobre mim
Transborde sobre mim Vossa luz
Senhor mostre-me o Espírito Santo
Aquele que recebemos com as águas bentas no batismo
Oh! Pai da minha alma
Una Senhor o meu espírito, meu coração e minha razão
Um diz para me entregar incondicionalmente
Outro diz que essa é uma entrega de amor
Mas a razão faz questionamentos
Ah! Coração que tem sede de amor
Reconcilia-se com a razão
Caminhem juntos para o encontro com Espírito Santo
Ah! Coração que amou o carnal
Derrame-se também pelo transcendental
Peça força e misericórdia
Para não se estremecer e cair antes de começar a caminhar

autor: Kleber Cardozo



vídeo postado por leomaranatha em 4 de maio de 2008

sábado, 31 de outubro de 2009

Agora Não



Algumas pessoas tem o "dom" de mostrar por meio da música emoções que lidamos em esconder.

Nunca deixe pra falar amanhã o que pode ser dito hoje.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Teoria: Quem ensinou o índio a tomar banho

Nada melhor que ter amigos que são verdadeiros crânios, seus almoços acabam virando momentos inesquecíveis.

Hoje mesmo fui contemplado por uma teoria fabulosa sobre a importância da água. Entre os fatos mencionados surgiu um grande dilema. Se os portugueses aprenderam a tomar banho com os índios, com quem os índios aprenderam a tomar banho?

Darwin jamais seria capaz de criar uma teoria tão perfeita como a que eu escutei:

Como o Brasil é um país tropical a necessidade de tomar banho para não cheirar mal era muito grande, e o perfume francês ainda não tinha chego ao continente. E o índio também não tinha euro para comprar perfume e como o mesmo ainda não havia chegado, eles tiveram que se adaptar ao meio ambiente. Abandonavam as selvas duas vezes ao ano, para irem até o litoral dando origem a uma tradição de sobrevivência usada pelas tartarugas marinhas, ou seja, as índias tiravam suas placentas e as enterrava na areia e quando o pequeno aborígene nascia rastejava até ao Atlântico para se limpar e sumia na imensidão do oceano. Mas assim como os pingüins imperadores inexplicavelmente retornam a Antártica para perpetuar a espécie, os pequenos aborígines retornavam ao continente para serem catequetizado por Anchieta.

E hoje muitos deles ainda vivem nas matas, pois aprenderam que fazer exercícios físicos os fazem transpirar. E de acordo com alguns livros didáticos pessoas suadas não conseguem emprego e ainda são rotuladas de Zé Povinho.

Darwin jamais seria capaz de formular uma teoria dessas, acredito que essa minha amiga deveria fazer faculdade de antropologia e não administração. Imaginem, ela derrubando as teorias de Claude Lévi-Strauss!!!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Quanto vale não ser só?

Muito se fala sobre a modernidade, ou sobre a pós-modernidade. O engraçado é que nem conseguimos lidar com uma nomenclatura e já apareceu outra.

Mas quais os principais dilemas a serem enfrentados pelo homem pós-moderno? Umas das características que envolvem o dia-a-dia desta geração é a altossatisfação, mas essa já foi discutida por filósofos lá atrás em Atenas e repensada pelos filósofos existencialista. Vivemos o velho novo momento, e para dar vida as sensações passamos a comercializar os sentimento. Você sabe qual o preço de uma boa companhia? Quanto vale neste mercado o amor? Quanto custa ser feliz?

Este mais do que nunca é o momento das palavras vazias de sentimentos, mas cheias de retóricas. Palavras pensadas são ditas, não, mais para conquistar um sentimento e sim para dominar um momento. O ''eu te amo'' virou chave para as portas que levam ao prazer da momentaneidade (que para muitos é igual a felicidade).

O medo da solidão abre espaços para os meios de comunicação ocuparem lugares antes preenchidos por amigos, colegas, companheiros, esposas, maridos, família e por Deus. E quando estes perdem espaço para pessoas de carne e osso, estas são usadas como objetos sem valores.

A pós-modernidade ou melhor dizendo homem considerado pós-moderno, não enxerga mais o próximo como um ser que necessita de respeito e amor. Pessoas são tratadas como brinquedos, e basta conquistar um novo para jogar o velho de lado. Esse comportamento afasta cada dia mais as pessoas do transcendente, ou seja, se nem meu próximo eu que consigo enxergar ''eu amo'', como vou amar o que está além da compreensão dos homens.

Acredito que seria melhor ser um homem solitário do que utilizar as pessoas de forma futil para suprimir minhas necessidades.



A-mor líquido, tão honestamente flexível
Amor líquido dissolve o espírito e acaba antes do princípio
A-mor líquido, muito mais do que é preciso
Amor líquido é um ofício difícil de ser desaprendido
Banda Binária - Amor Líquido.

A Pedra

Essa escuridão que me consome será que um dia se vai
Olho para os cantos dessa sala imensa e vazia
Olho para o céu todas as estrelas juntas e eu só
Faz frio quando o sol queima a pele
Quando Olho para Multidão não me acho
Perdi-me em algum ponto do passado
Acho que foi quando tropecei naquela pedra
Não pode ser eu até a levei pra casa
Tratei-a com carinho e amor
Na escuridão devo ter pego a pedra errada
Alias pedra é sempre pedra
Ou serve para construir ou para destruir
A minha ainda não descobri o que faz
Dói essa luz cinza
Essa escuridão me consome e não sei pra onde ir
Quando vejo o espelho descubro que a imagem não sou eu
Deve ser por que usei a pedra pra subir
E esqueci qual o lado certo da descida
O frio esta congelando a minha alma
Pois os ossos já foram moídos
Com o tombo que ainda nem levei da pedra

(autor: Kleber Cardozo)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009



Fazia tudo que eles quisessem
Acreditava em tudo que eles me dissessem
Me pediram pra ter paciência
Falhei, então gritaram:"Cresça e apareça!"
Cresci e apareci e não vi nada
Aprendi o que era certo com a pessoa errada
Assistia o jornal da TV
(Renato Russo - O Reggae)


Tenho meu destino pronto, não me deixam escolher... Mas que destino é esse? Muitas vezes acreditamos que impulsos podem ser desejos. Hoje tive desejo de reviver momentos profissionais que com certeza eram apenas impulsos. Aprendi que águas passadas não movem moinhos e que não podemos nos acomodar.

Filosoficamente dizendo um bom epicurista descobre um dia que precisa ter asas e voar e deixando a pequinês das comodidade para trás, pois um homem torna-se imortal quando deixa seu nome na história, e viver em um local que apaga as chamas da sabedoria é se tornar um morto vivo.

A todo o momento somos podados, seja com o sacarmos das pessoas do lado, seja pelos amigos agenda de favores ou pelo Governo.

E viva Renato Russo que já dizia: Quando nascemos fomos programados para receber, o que vocês nos empurraram com os enlatados dos USA, de 9 às 6.

sábado, 24 de outubro de 2009

O Vento

Sou como o vento inconstante sem morada
Veloz, passageiro e sem parada.
Ás vezes venho de formas diferentes
Seja como a brisa da noite que embala sonhos
Ou como a brisa do mar que toca com suavidade
Às vezes como tornados que passam e deixam marcas
Ou até mesmo como furacões que causam grandes estragos
É eu sou como o vento sem explicações
Sou predestinado a ser o tudo e o nada
E as chuvas são como minhas lágrimas
Quando sorrio te trago a garoa que encanta
Quando choro transbordo rios e inundo lares
O que faço é inconsciente
Porém meus atos sempre machucam
E minhas palavras nunca cicatrizam

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Chic Chic Pablo Key



Vídeo produzido por alunos do curso de RTV da FATEA, para o primeiro COMUNICAÇÃO EM DESTAQUE

O julgamento


O amanhecer daquele dia chegara mais cedo do que dos outros cinquenta anos em que vivi sob aquela luz cinza irradiada pelo sol. As nuvens brancas não tinham mais o mesmo formato hostil de outros dias. Notei que a viagem deveria ser definitiva. Finalmente, eu poderia desfrutar do pouco tempo que ainda me restava. Foi quando fechei os olhos e uma lágrima incomum correu dos meus olhos. Seria de remorso ou felicidade? Será que Thanatos ouviu minhas preces?

Em um piscar de olhos me veio toda aquela jornada que haveria de cumprir naquele momento. Minha consciência martelava pela melhor forma de vingança: recusar-me a pagar a viagem ou contribuir e deixá-lo ir a julgamento o mais rápido possível.
Naquele momento lembrei-me de toda uma tradição que descrevia um rio, no qual as águas eram completamente negras e densas, coberto por uma névoa avermelhada, em que corpos de pessoas desesperadas boiavam. Às margens desse mesmo rio sempre havia muitas pessoas à espera de um barqueiro ganancioso e que demorava a chegar. Não me custaria muito ajudar pagando a passagem só de ida, mesmo porque há pouco ele acabara de deixar para trás toda sua esperança. Seria melhor contribuir com as moedas de prata e deixá-lo se perder naquele gigantesco lugar sem perspectiva de crescimento, para que pagasse por todos os anos em que vivi sob as rédeas duras desta sociedade machista e humilhante.

Mais uma lágrima caíra de meus olhos e naquele exato momento tive a certeza de que ele adentrara a primeira prisão e seu julgamento demoraria a findar-se uma vez que várias poderiam ser as prisões, vales ou fossos que caberiam a ele. Minha torcida era por uma pena que durasse uma eternidade; a companhia rápida de Cérbero, depois de uma longa caminhada sob aquela chuva, que desgastava a pele deixando um cheiro de cadáver em decomposição no ar, seria pouco; sua viagem deveria ser muito mais cansativa, para que seu sangue se renovasse dia após dia, para abastecer a gigantesca cachoeira vermelha existente naquele lugar. Sua viagem infinita deveria ser mais longa, o juiz deveria encaminhá-lo talvez para o primeiro vale, onde ele se banharia em um lago criado por todas as lágrimas de sangue que derramei por sua causa, ou melhor, o juiz seria mais justo se lhe apresentasse o nono fosso onde as pessoas são retalhadas e seus sangues cobrem as paredes negras tingidas por uma camada de sangue seco.

Ao abrir os olhos tive a certeza de que não sonhava, o rabecão realmente estava ali e seus restos mortais eram tratados como ele merecia: um monte de nada que vai para lugar algum, pagar por coisa nenhuma em um lugar onde a lei dos mais fortes, que ele sempre insistira em colocar em prática, será vivida de forma aterrorizante na eternidade do esquecimento. Era a certeza de que ele chegara primeiro que eu ao mundo dos mortos.